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Avaliação pós-ocupação em edificações de uso coletivo: acessibilidade espacial
Nathielle Carvalho Medeiros, Vanessa Patzlaff Bosenbecker, Leonardo Bandeira Soares

Última alteração: 06-12-2019

Resumo


Atualmente vivemos em uma sociedade variada, com pessoas de características e limitações diferentes, assim a acessibilidade vem ganhando espaço e repercussão, sendo interessante compreender as necessidades dos usuários dentro do espaço construído realizando estudos de caso de acessibilidade nos edifícios de uso coletivo. Estes espaços atendem a um público diversificado e com limitações diferentes. Espera-se que estes estejam dentro da legislação vigente de acessibilidade (NBR 9050/2015) eliminando qualquer barreira arquitetônica que impeça os usuários de exercerem seu deslocamento e uso do espaço de forma autônoma, assim, justifica-se a realização de uma Avaliação Pós-Ocupação (APO). A metodologia desta pesquisa acontece em duas etapas, na primeira é realizada uma visita exploratória, na qual é feito o levantamento métrico e fotográfico para criação de um banco de dados, utilizando as planilhas de Dischinger (2012). Até então realizou-se o levantamento no Colégio Municipal de Ensino Fundamental Cipriano Porto Alegre e no Mercado Público, ambos na cidade de Rio Grande, RS. Após o levantamento realizado na escola, notou-se que o deslocamento e o uso dos mobiliários nos prédios atendem parcialmente à norma. Os acessos aos edifícios possuem barreiras arquitetônicas que dificultam a transitabilidade. A orientação e a comunicação são inexistentes nos prédios da escola. Já no Mercado Público há ausência nos quatro eixos da acessibilidade espacial (comunicação, orientação, deslocamento e uso). O deslocamento é o  mais alarmante devido ao desnível existente em todas as portas de acesso do edifício. As entradas principais não dispõem de meios de comunicação. A orientação também deixa a desejar, contendo somente placas indicando as saídas. Considerando o observado nas visitas exploratórias, conclui-se que tanto a escola quanto o mercado precisam de adaptações para estarem conforme a norma. A segunda etapa, em andamento, é o desenvolvimento  de um aplicativo. Nele será possível responder questões referentes à acessibilidade por qualquer pessoa que tenha interesse em certificar-se de que algum edifício é acessível ao público. A aplicação será registrada e compartilhada com os usuários do aplicativo, evitando que se deparem com alguma situação constrangedora e arriscada para conseguir exercer suas atividades dentro do espaço. Pretende-se avaliar outros edifícios através de visitas exploratórias e verificar a acessibilidade de todos os prédios já analisados com o aplicativo e, por fim, comparar os resultados obtidos na primeira etapa com os dados coletados na segunda etapa com o objetivo de confirmar a eficácia das questões e das opções de resposta propostas no programa, corrigindo possíveis incoerências.

Palavras-chave


Acessibilidade; Segurança; Conforto

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