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Educação cooperativista e fomento ao empreendedorismo na produção de plantas ornamentais, condimentares e medicinais
Elisa Pasquali, Soeni Bellé, Débora Bin da Silva, Douglas Schulz Bergmann Da Rosa, Gabriel Zanon

Última alteração: 28-02-2020

Resumo


As metodologias tradicionais de ensino, baseadas em aulas expositivas limitam a interação entre os alunos e o conhecimento, comprometendo a formação humana e profissional. A educação cooperativista pode se apresentar como uma alternativa para valorizar a participação de cada indivíduo com suas particularidades e experiências pessoais em todos os processos decisórios, trazendo benefícios como autoconhecimento, consciência coletiva e tolerância. O objetivo principal deste trabalho é fomentar o empreendedorismo na produção de plantas medicinais, condimentares e ornamentais entre educandos do 3º Ano do Curso Técnico em Agropecuária, bem como promover a educação cooperativista e identificar alternativas para agregação de valor em diversos produtos hortícolas. O projeto teve início em fevereiro e deve se estender até dezembro de 2019. Estudantes cursando a disciplina de Floricultura e Jardinagem reuniram-se em grupos e desenvolveram projetos de negócio, desde a concepção do produto, criação de marca e logotipo, levantamento de custos, definição de preço e estratégias de marketing e comercialização. Para a aquisição dos insumos necessários à produção, os alunos contaram com o apoio da Cooperativa-Escola dos Alunos da Escola Agrotécnica Federal de Bento Gonçalves - COOPEG-BG. Ao longo do ano, foram ministradas duas palestras para discutir aspectos ligados ao cooperativismo, como o histórico das primeiras cooperativas no Brasil e no mundo, valores, princípios e a importância do cooperativismo nos diversos setores da economia, em especial na agricultura. Os projetos desenvolvidos pelos grupos receberam as seguintes denominações: “Rosa de Pedra Suculentas”, “Flores do Bem”, “Plantae Plantas Medicinais”, “SOS Plantas”, “Alevia Produtos Derivados”, “Eufloria, Chili Pepper”, “GengiBão”, “7 Temperos”, “Arte Flor Beleza Comestível” e “Chá dos Guri”. Os grupos desenvolveram diversos produtos, desde a produção de plantas ornamentais, condimentares e medicinais para venda direta, até produtos derivados, como geleia de rosas, chás, bolos, produtos de higiene e de limpeza, produtos domésticos para controle de pragas e doenças, aromatizadores de ambientes, entre outros. A primeira comercialização foi realizada em 08 de junho nas dependências do Campus. Percebeu-se uma boa aceitação do público e um grande envolvimento dos estudantes, que trabalharam de forma autônoma e cooperativa . A avaliação dos resultados está sendo realizada através de reuniões entre os estudantes envolvidos e a coordenação do projeto. Dentre os aspectos positivos destacados pelos participantes estão o engajamento, organização, flexibilidade, autonomia e criatividade, resultando em uma aprendizagem mais efetiva, o que sugere o alcance dos objetivos do projeto.

Palavras-chave


Educação cooperativista; Empreendedorismo; Plantas Hortícolas

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