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O que a lua faz com as flores
Éryka Lopes Dutra dos Santos, Andréia Meinerz, Agnes Marques

Última alteração: 18-12-2019

Resumo


O projeto “O que a lua faz com as Flores” (Campus Restinga) tem como objetivo promover atividades coletivas como oficinas, cine-debates, saraus e rodas de conversa sobre assuntos relacionados ao autocuidado, feminilidades, masculinidades e autonomia feminina vinculados à sustentabilidade. Por meio dessas vivências, as participantes são estimuladas a refletirem sobre conhecimento pessoal, diferentes lutas e causas femininas, bem como a busca por soluções sustentáveis e saudáveis referentes aos cuidados pessoais, aos direitos sexuais e reprodutivos em seus ciclos e fases. O grupo se reúne quinzenalmente, às quintas-feiras, em rodas de conversas onde todas as participantes podem expor suas ideias, experiências e dúvidas, sempre tendo em vista a problematização das construções sociais de feminilidades e masculinidades que constituem múltiplas referências identitárias. Até o momento, já tivemos uma média de dez encontros, contando com mais de quarenta participantes ao todo, incluindo estudantes do Ensino Médio Integrado, mães de estudantes e servidoras. Em abril, realizamos dois encontros do projeto na Escola Municipal de Ensino Fundamental Mario Quintana, Bairro Restinga, com servidoras e estudantes daquela insitituição para conversar sobre o projeto. Em início de maio, aconteceu no campus a oficina de produção de absorventes sustentáveis com retalhos de tecido tecnológico antibacteriano, que conseguimos através de doações, onde as meninas confeccionaram seus próprios absorventes junto a uma facilitadora. Em junho, tivemos também uma roda de conversa e oficina de tricot num sábado letivo, resgatando o fazer manual como forma de relaxamento e troca de saberes. Em setembro, aconteceu o cine-debate com o filme “Absorvendo o Tabu” que trata sobre um empreendimento de fabricação de absorventes na Índia trazendo autonomia para mulheres indianas. Ainda, em conjunto com o grupo, uma das participantes, formanda do Ensino Médio Integrado Informática para a Internet, está implementando um site. O site servirá para registrar a memória do projeto, aumentar o alcance do grupo e dos conteúdos debatidos. O website trará textos sobre mandalas lunares, menstruação, dicas de chás, etc. O propósito é servir como uma plataforma que dissemine debates. O projeto ainda está em andamento, mas, pelos relatos das participantes, podemos inferir que há um despertar para algumas questões, sobretudo no que se refere a marcadores como autocuidado, direitos sexuais e autonomia. Pretendemos desenvolver uma ferramenta de avaliação que sistematize esses relatos das ações realizadas e dos processos vivenciados e que possa servir de estímulo a empreendimentos sustentáveis de geração de renda para as mulheres na periferia.

Palavras-chave


autonomia feminina; feminilidades; sustentabilidade

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