A partir das rupturas modernistas e contemporâneas nos paradigmas artísticos, os processos do desenho começaram a ser explorados como resultado final, transformando-o em uma linguagem autônoma, com produção de estudos específicos. O projeto ocorre no campus Canoas desde 2014, onde integra o Programa Oficinas Permanentes de Cultura. Tem como objetivo desenvolver a concepção do desenho enquanto linguagem, explorando seus processos metodológicos e significantes, aprimorando o repertório de referenciais e técnicas dos participantes. Objetiva ainda realizar uma mostra dos trabalhos produzidos, contribuindo com a Mostra de Arte e Cultura do campus. A metodologia consiste na realização de encontros semanais, nos quais os integrantes são apresentados a conceitos, produções e proposições em desenho para serem explorados e elaborados em atividades práticas. As informações teóricas são apresentadas em rodas de conversa, de modo que os participantes dialoguem com a coordenadora e o bolsista para a proposição das ações que serão praticadas. Entre os resultados parciais estão trabalhos produzidos explorando configurações de linhas, sua aplicabilidade e diferentes impactos no desenho; perspectiva e ponto de fuga; desenho de observação, de memória e de tempo/síntese, desenho no espaço concreto, sempre contextualizadas as afetações destas definições sobre o resultado gráfico. Estão sendo produzidas outras intervenções em desenho nos espaços de convivência do campus, de modo a contribuir para a humanização dos ambientes. No âmbito da extensão, as oficinas são abertas à comunidade e, atualmente, contam com a participação de estudantes dos cursos integrados e de uma estudante do nono ano do Ensino Fundamental da rede municipal. Como desdobramentos, o projeto analisa a possibilidade dos participantes realizarem exposições e mini oficinas em escolas da região, contribuindo com a divulgação do IFRS campus Canoas. A oficina tem se consolidado enquanto espaço de integração, acolhimento e produção, considerando as manifestações e a frequência dos participantes, além da constatação da qualificação das práticas gráficas e de relações conceituais expressadas por todos os envolvidos após o ingresso no projeto.