Última alteração: 18-12-2019
Resumo
A partir das vivências de pessoa cega, um estudante do Ensino Médio Integrado e um colega vidente pediram ajuda à uma técnica-administrativa para a criação de um curso de braille. Em 2018 foi desenvolvido um Projeto de Ensino, o qual foi transformado neste ano em Projeto de Extensão. A possibilidade de aprender braille com um usuário dessa tecnologia assistiva tem potencializado e humanizado a ação. O projeto de extensão foi desenvolvido em 10 encontros entre os meses de abril e junho de 2019. O objetivo principal do Projeto foi proporcionar aos participantes conhecimentos básicos sobre o Sistema Braille para leitura e escrita que permitam melhorar as condições de atendimento e convivência às pessoas com deficiência visual em seu processo de inclusão social e educacional, refletindo e discutindo formas de promover ambientes mais acessíveis, especialmente, através da disponibilização de informações em Braille. Foram realizadas práticas de atividades lúdicas de orientação, mobilidade e percepção, uma viagem técnica ao Centro Tecnológico de Acessibilidade do IFRS e reflexões a respeito de outras experiências na vida de pessoas cegas ou com baixa visão, e o respeito às demais deficiências. Também foram realizadas palestras onde foram relatadas vivências práticas na vida das pessoas com deficiência visual, entre elas a educação, locomoção e acessibilidade em espaços públicos e o avanço das leis de proteção e reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência. Participaram do projeto estudantes do campus Osório, tanto do ensino médio quanto do superior e pós-graduação, bem como pessoas da comunidade externa, bem como alunos de faculdades locais, que se preparam para a carreira docente. Ao final do curso os alunos participantes destacaram como um dos pontos positivos a oportunidade de ampliar o conhecimento sobre a deficiência visual, bem como um valioso acréscimo em suas formações, tornando-se uma vivência importante para eles e para a articulação entre a escola e a comunidade. Vale destacar, também, a repercussão da ação fora do campus e a singularidade do Projeto em ser executado por alunos do ensino médio do campus, especificamente por um aluno vidente e outro com deficiência visual, fazendo com que o projeto ganhasse visibilidade e credibilidade no município de Osório e região.