Portal de Eventos do IFRS, 6º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Eficiência de doses de fungicidas triazóis, morfolina com mancozebe para controle da ferrugem asiática na cultura da soja
Carlos Edgar Machry, Diônatan Nicola, Lucas Navarini

Última alteração: 15-03-2018

Resumo


Com o surgimento da ferrugem asiática da soja (FAS), causada pelo patógeno Phakopsora pachyrhizi Sidow., as pulverizações com fungicida tem se tornado cada vez mais intensivas. Nos últimos 10 anos, a FAS tem proporcionado dificuldade no manejo, tanto pela agressividade do patógeno, quanto pela capacidade de adquirir resistência aos fungicidas. As moléculas com ação sítio específico, como os triazois, as estrobilurinas e as carboxamidas têm apresentado diminuição de eficácia quando aplicadas isoladamente, sem um fungicida complementar, multi-sítio de ação. Os fungicidas multi-sítios agem em diversas rotas bioquímicas dos fungos, proporcionando um controle eficaz com menor risco de desenvolvimento de populações resistentes. O fungicida multi-sítio mancozebe, tem sido utilizado como um aditivo, aplicado em mistura com os sítio específico visando incremento de controle e manejo de resistência. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de controle da FAS, produtividade da cultura da soja e fitotoxidade com diferentes doses de fungicidas triazois. O experimento foi conduzido no município de Ibirubá/RS. As unidades experimentais constaram de parcelas com 6 linhas de semeadura e 5 metros de comprimento, totalizando 13,5m2, no delineamento de blocos ao acaso com esquema fatorial de 15x2 com quatro repetições. Os tratamentos aplicados foram: T1-Controle, T2-Ciproconazol (60 g.i.a.ha-1), T3-Ciproconazol (120 g.i.a.ha-1), T4-Ciproconazol (180g g.i.a.ha-1), T5-Protioconazol (60 g.i.a.ha-1), T6-Protioconazol (120 g.i.a.ha-1), T7-Protioconazol (180 g.i.a.ha-1), T8-Tebuconazol (60 g.i.a.ha-1), T9-Tebuconazol (120 g.i.a.ha-1), T10-Tebuconazol (180 g.i.a.ha-1), T11-Fempropimorfe (120 g.i.a.ha-1), T12-Fempropimorfe (180 g.i.a.ha-1), T13-Fempropimorfe (240 g.i.a.ha-1) T14-Metconazol (180 g.i.a.ha-1) e T15-Difeconazol (180 g.i.a.ha-1), associados com e sem Mancozebe (2 kg.i.a.ha-1). Foram avaliadas incidência de doença, controle de doença, área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), injuria por fitotoxicidade e produtividade. A adição de 2 kg.ha-1 de mancozebe reduziu drasticamente os sintomas foliares de fitotoxicidade em torno de 16%, chegando a valores de 31% e 13% de redução para protioconazol e metconazol, respectivamente. O aumento na dose não proporcionou incrementos de produtividade na mesma ordem. Os tratamentos de ciproconazol, protioconazol e tebuconazol, a medida que aumentaram a dose, reduziram significativamente a produtividade, chegando a valores de até 8 sc.ha-1, 5 sc.ha-1 e 7 sc.ha-1, respectivamente. O aumento de dose de fempropimorfe apresentou incremento de produtividade de até 7,9 sc.ha-1. Porém, a dose de 120 g.i.a.ha-1 de protioconazol adicionado de mancozebe foi estatisticamente o mais produtivo.


Palavras-chave


Fitopatologia; Fitotoxicidade; Mancozebe; Triazóis

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