Portal de Eventos do IFRS, 6º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

Tamanho da fonte: 
Avaliação do potencial antibacteriano e antioxidante do extrato aquoso e óleo essencial de folhas de Psidium guajava L.
Ana Paula da Silva Ferrero, Evelyn Kern Almeida, Fernanda Krás Borges, Luciane Beatriz Kern, Marina Hoffmann, Alessandra Nejar Bruno, Giandra Volpato

Última alteração: 15-03-2018

Resumo


A resistência bacteriana é uma preocupação entre os profissionais da saúde, pois o crescente número de microrganismos resistentes é uma das principais complicações de pacientes imunocomprometidos em ambiente hospitalar. Assim, buscam-se alternativas para resolver essa preocupação. Baseando-se no conhecimento popular pesquisas têm sido feitas para avaliar a atividade biológica de plantas utilizadas em tratamentos caseiros. A Psidium guajava L., goiabeira, é uma árvore nativa das Américas Central e do Sul pertencente á família das Mirtáceas. Na medicina popular é utilizada para tratamento de colite e diarréia, apresentando efeitos bactericidas e antioxidantes. O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial antimicrobiano, antioxidante e presença de fenóis totais em extratos obtidos a partir de folhas de goiabeira. Para a obtenção do extrato aquoso, as folhas foram colhidas na localidade de Águas Claras – Viamão em fevereiro de 2017, encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia do IFRS - Campus Porto Alegre, lavadas, desidratadas, trituradas, ressuspendidas em água destilada e o extrato centrifugado, e filtrado para a obtenção do extrato aquoso. O óleo essencial foi obtido a partir do material submetido ao processo de hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger. Foram avaliadas a Concentração Inibitória Mínima (CIM) por microdiluição em caldo, a Concentração Bactericida Mínimas (CBM) e atividade antimicrobiana pelo teste de disco-difusão nas cepas de Escherichia coli, Salmonella sp., Klebsiella sp., Bacillus cereus, Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis. Para o óleo utilizou-se as cepas de E. coli e S. aureus. Realizou-se ainda a avaliação da atividade antioxidante e a presença de fenóis totais do extrato aquoso. Os resultados da CIM para o extrato aquoso foram condizentes com os da CBM, ou seja, os resultados da CIM para E. coli, B. cereus e S. aureus confirmaram uma potencial atividade antimicrobiana do extrato através dos resultados da CBM em 24 e 48h, as demais cepas não apresentaram essa potencialidade. Na atividade antimicrobiana foi verificada que S. aureus e Salmonella sp apresentaram resultados positivos com halos de 12 e 8 mm, 12 e 10 mm, respectivamente. Somente para S. aureus constatou-se resultados positivos em ambos os ensaios de CIM e atividade antimicrobiana. A atividade antioxidante do extrato é promissora, pois na concentração de 100 µg/mL observamos que o extrato apresenta atividade antioxidante quase proporcional a atividade do padrão ácido ascorbico, assim como na concentracao de 6,25 µg/mL. Para os compostos fenólicos realizou-se o teste de Folin Ciocalteu obtendo o valor de 4893,33mg de EAG/100g (Equivalentes de Ácido Gálico).


Palavras-chave


Antimicrobiano; Antioxidante; Extrato aquoso; Óleo essencial

Texto completo: PDF