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Os Institutos Federais, como uma política pública desenvolvida no início do século XXI, visa atender  especialmente a população que teve o acesso a educação marginalizado. Assim, na fase de expansão dos Institutos, muitos campus foram instalados em territórios até então desprovidos de estruturas públicas voltadas para o atendimento da educação profissional e tecnológica, como as áreas de periferias das grandes cidades. O Campus Alvorada, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, localizado na Região Metropolitana de Porto Alegre, é produto desse contexto, onde mais de 50% da população não possui o ensino fundamental completo. Diante desse cenário, o Campus Alvorada ofertou o curso técnico integrado ao ensino médio na modalidade Proeja, com o ingresso da sua primeira turma em 2016, sendo abertura de uma segunda turma em 2017. Com o objetivo de acompanhar a atuação do Campus Alvorada no atendimento dos públicos que historicamente tiveram o direito à educação negados, compreendemos a necessidade de conhecer as características socioeconômicas dos estudantes do Proeja do Campus Alvorada e acompanhar a sua trajetória escolar. Para isso foi realizada uma pesquisa em diferentes momentos, sendo o primeiro momento a coleta de informações dos estudantes que ingressaram no curso, constituindo um banco de dados com informações sobre as características socioeconômicas dos estudantes ingressantes. Findado o primeiro ano letivo da turma, realizamos um levantamento com o Setor de Ensino e a Assistência Estudantil, para buscar informações dos alunos matriculados para o segundo ano, bem como o relatório dos aprovados, reprovados por aproveitamento e reprovados por frequência. Com essas informações, foi possível cruzar os dados com o nosso banco inicial e analisar as características socioeconômicas de cada estudante, podendo assim identificar a existência ou não de elementos semelhantes entre os estudantes que aprovaram, evadiram ou reprovaram. Entre as informações houve uma maior evasão do número de estudantes casados, além de mulheres que possuem filhos e que estavam há mais tempo afastados da escola. Também a maior parte dos estudantes evadidos realizaram a EJA no ensino fundamental.  Os próximos passos são a realização de entrevistas com professores, direção de ensino e estudantes evadidos, para analisar a compreensão da instituição sobre a evasão dos estudantes e quais os motivos elencados pelos estudantes evadidos. A análise dessa realidade é importante pois permite a reflexão sobre a atuação do Campus Alvorada e o planejamento de ações para o combate à evasão de novos estudantes.

Políticas Públicas; Educação; Institutos Federais