Portal de Eventos do IFRS, 6º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Efeito da erva mate sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos de Caenorhabditis elegans
Ana Paula Vanin, Pamela Michaela De Bortoli, Gean Delise Leal Pasquale Vargas, Rosilene Rodrigues Kaizer Perin

Última alteração: 14-03-2018

Resumo


A erva mate (Ilex paraguariensis) é encontrada nas regiões sul da América do Sul, na Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil. Planta adepta a clima temperado, é popularmente consumida como bebida em infusão, conhecida como chimarrão ou tererê. Contém propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, terapêuticas e diuréticas, podendo também, exercer efeito estimulante sobre sistema nervoso central. Polifenóis são agentes antioxidantes que protegem os tecidos do corpo contra o estresse oxidativo, os quais se encontram presentes na erva mate. Por outro lado, vários estudos tem comprovado a presença de Alumínio (Al), nas folhas da erva mate e, sabe-se que, este metal é um potente agente neurotóxico que está relacionado a várias doenças neurodegenerativas, inclusive a Doença de Alzheimer (DA). Portanto, inicialmente, o estudo vai avaliar a presença do metal e dos compostos antioxidantes presentes na erva mate processada. Ainda, determinará o efeito da exposição aguda e crônica do Al, nas doses encontradas nas amostras de erva mate, e do extrato de erva mate obtido às temperaturas de 65 e 75ºC, sobre o sistema nervoso do nematódeo Caenorhabditis elegans, através da análise de parâmetros comportamentais e análise da atividade da enzima Acetilcolinesterase (AChE), para definir se este consumo é benéfico ou não. Assim, os vermes foram divididos em 6 grupos: controle (água ultrapura), Al nas doses de 5,5, 8,0 e 10,5 mg/L e extrato de erva mate obtidos à 65 e 75ºC. Para os experimentos, foram utilizadas cepa selvagem (N2) e cepas transgênicas GMC101, CL2122 de C. elegans. O nematódeo foi sincronizado na fase larval L1 e cultivado em meio NGM (Nematode growth medium), alimentado com bactéria Escherichia coli e mantido na B.O.D à 20ºC. Na exposição crônica, os vermes sincronizados na fase larval L1, foram expostos à solução aquosa da erva mate por 48 horas até a fase larval L3, onde foram realizadas as análises da AChE e comportamentais. Para análise comportamental, foram observados a defecação e os batimentos faríngeos. A análise enzimática foi determinada através de método colorimétrico. Os parâmetros comportamentais avaliados apresentaram diferenças significativas nos vermes expostos a diferentes concentrações de Al, quando comparados ao controle, na exposição aguda, quando elevados à temperatura de 75ºC eles obtiveram um nível menor na taxa de alimentação de 23%. Por outro lado, o extrato aquoso de erva mate obtido à temperatura de 65ºC foi o que mais apresentou efeitos similares aos do controle.


Palavras-chave


Toxicologia; Chimarrão; C. elegans; Alumínio

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