Última alteração: 14-03-2018
Resumo
O uso de plantas de cobertura busca manter ou melhorar as condições edáficas do solo para proporcionar um melhor rendimento das culturas comerciais. O objetivo do trabalho foi avaliar a atuação das plantas de cobertura combinadas com os manejos pré-semeadura na incidência de invasoras, ciclagem de nutrientes e produtividade do milho. O trabalho foi conduzido na área do IFRS – Campus Ibirubá. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. Cada subparcela tem 3,5 m de largura por 5 m de comprimento, totalizando 17,5 m2. Nas parcelas foram implantados os manejos pré-semeadura: dessecação; gradagem e trituração. Já nas subparcelas foram as plantas de cobertura: aveia preta; azevém; nabo forrageiro; ervilhaca comum; consórcios de aveia preta com nabo forrageiro e a mesma com ervilhaca e; um pousio. Quando a maioria das plantas de cobertura se encontravam em pleno florescimento foi coletado uma amostra de 1 m2 para estimar massa seca e ciclagem de nutrientes, posteriormente realizou-se o manejo pré-semeadura para o milho. A semeadura das plantas de cobertura foi realizada na primeira semana de maio e a do milho, no final de setembro. A cultivar de milho semeada foi AG 8890 com adubação de 280 kg ha-1 da fórmula 08-28-18. A produtividade dessa cultura foi estimada colhendo-se três linhas centrais de três metros. Os resultados obtidos foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. A menor incidência de plantas invasoras foi de 37% na dessecação. A maior produção de fitomassa das plantas de cobertura foi na dessecação e na gradagem, com produções de 3153 e 3109 kg ha-1. A maior produtividade do milho também foi na dessecação e na gradagem, com produções de 8699 e 8744 kg ha-1. Entre as plantas de cobertura a menor incidência de invasoras foi nos tratamentos com nabo forrageiro, tanto solteiro quanto em consórcio com aveia preta, com uma incidência média de 11,5%, podendo ser devido ao rápido desenvolvimento inicial da planta de cobertura. A maior produção de fitomassa foi obtida nos tratamento com aveia preta e nabo forrageiro, tanto em consórcio quanto solteiros, com produções de 4305, 4089 e 3977 kg ha-1. Já a produtividade do milho foi maior no tratamento com aveia preta em consórcio com ervilhaca, com produtividade de 8745 kg ha-1, possivelmente devido à fixação biológica de N pela ervilhaca.