Última alteração: 01-11-2016
Resumo
A Amazônia é uma das maiores riquezas naturais do mundo, sendo o desmatamento um dos principais problemas ambientais nessa região. Essa prática gera danos para o ecossistema, causando a extinção de espécies vegetais e animais. Dentre as principais forçantes do desmatamento, podemos destacar o comércio ilegal de madeira e abertura de áreas para criação de gado ou cultivo agrícola. Muito do que ocorre nessa região, extinção de espécies vegetais e animais, e a contribuição indireta para a poluição do ar, é causado pela deficiência na fiscalização. Esse trabalho tem como objetivo realizar um levantamento histórico do desmatamento da Amazônia Legal, assim buscando causas, efeitos que caracterizem o cenário econômico e ambiental que o desmatamento está inserido. Desde 1988 o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (PRODES) é responsável por monitorar o desmatamento de corte raso na Amazônia Legal por meio de imagens de satélite. Taxas anuais são produzidas a partir do cálculo dos incrementos de desmatamento identificados em cada imagem. O problema do desmatamento na Amazônia é antigo. Na década de 70 se presenciou um forte incentivo governamental para ocupação de áreas na Amazônia, causando altos índices de desmatamento da região. A aceleração desse aumento reduziu apenas em alguns períodos específicos. Em 2014 o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou um dado positivo. Em seu relatório anual, o instituto informou que ocorreu uma redução na taxa de desmatamento na floresta entre 2013 e 2014. Em relação ao período anterior (2012 a 2013), a diminuição foi de 18%. O ano em que ocorreu maior desmatamento na Floresta Amazônica foi 1995 com 29.059 km² desmatados (desde 1988, ano em que começou a medição oficial feita pelo INPE). Embora estes dados apontem para a queda no desmatamento, os números ainda mostram o tamanho do problema ambiental e o risco que ele gera na biodiversidade amazônica.