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O setor avícola brasileiro tem alcançado um bom nível tecnológico, em comparação com outras explorações agrícolas do país e tende a aumentar a medida que são feitos investimentos em tecnologia. A utilização de compostos biologicamente ativos de plantas, tem sido considerados uma boa alternativa de controle microbiano, quando conhecemos seu princípio ativo, em relação a compostos sintéticos. O ovo é considerado pela Organização Mundial da Saúde – OMS, um alimento rico em vitamina B₁₂, minerais, de fácil digestão e vem a atender as necessidades diárias de proteínas, com baixo custo para a população. O meio mais provável de contaminação em ovos está no contato com as fezes das aves no momento da postura e a contaminação por penetração do microrganismo, através de rachaduras microscópicas ou poros da casca, após a lavagem. Estudos demonstram que, o uso de plantas medicinais, que possuem potencial antimicrobiano, podem ser utilizados como sanitizantes, pois possuem baixo custo e são de fácil acesso ao produtor rural. A espécie alho (Allium sativum L.) é facilmente cultivado em propriedades e pode servir como alternativa ao produtor, devido a sua ação bactericida/ bacteriostática em estudos prévios. O objetivo desse estudo foi verificar a contaminação inicial dos ovos de posturas e analisar o nível de contaminação após aplicação de extrato alcoólico a 10%. Previamente, utilizou-se a técnica de esfregaço em superfície (swab test) das amostras coletadas. Seguida de aplicação do extrato alcoólico de alho. Como controle positivo utilizou-se o hipoclorito de sódio a 2% e negativo utilizou-se água destilada. Os ovos foram cedidos pela estação experimental do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Campus Bento Gonçalves. Após o recolhimento das amostras em análise, as mesmas foram levadas ao laboratório de microbiologia e foram cultivadas em meio líquido específico de crescimento, sendo incubadas em shaker por 72 horas e semeadas em ágar Salmonella-Shigella. Em seguida, formam realizadas diluições seriadas e leituras da absorbância em espectrofotômetro a 625 nanômetros. Verificou-se que, nos ovos em que foi aplicado o extrato vegetal, houve uma redução no crescimento de microrganismos em placas e nas leituras em espectrofotômetro, em relação ao controle negativo, resultado semelhante foi encontrado em relação ao hipoclorito de sódio a 2%. Portanto, pode-se concluir que o produtor rural tem como alternativa orgânica o uso do extrato vegetal de alho, na sanitização dos ovos, antes da venda dos mesmos. São necessários mais testes para embasar esta pesquisa, pois são poucas as publicações existentes neste setor da avicultura orgânica.

Alho; Orgânico; Avicultura.