Última alteração: 01-11-2016
Resumo
Cerca de 80% da quantidade de frutas produzidas mundialmente é produzida por pequenos agricultores em países em desenvolvimento. Uma parte desses trabalhadores utiliza o método de desidratação por meio da exposição direta ao sol para preservar a fruta por um tempo muito maior, uma habilidade antiga e, de certa forma, simples que envolve a remoção de grande parte da água presente nas frutas. Porém, existem malefícios causados pelo uso desse método, como degradação e baixa qualidade do produto final, além de considerável perda de produto pelo ataque de insetos e pássaros. As frutas também podem perder algumas de suas características, como cor e nutrientes. Sendo assim, o desenvolvimento de técnicas mais eficazes de desidratação foi fundamental para que se pudesse aproveitar melhor as qualidades da fruta com a menor perda possível de suas características, evitando ao máximo a utilização de fontes de energia auxiliares como elétrica, gás ou madeira, fontes de energia que normalmente são utilizadas para quantidades muito grandes de frutas. O objetivo principal deste trabalho é apresentar uma revisão sobre os principais métodos de secagem que foram desenvolvidos à nível mundial e no Brasil (como o desidratador indireto e passivo) para solucionar esses problemas, explicando seus princípios de funcionamento e partes fundamentais de sua construção. No Brasil, grande parte dos desidratadores foram desenvolvidos de forma que o contato com a radiação solar é direta, mas sempre evitando o contato com o meio para diminuir as perdas. Quando a análise se da a nível mundial, encontra-se uma quantia enorme de projetos que foram desenvolvidos para os diversos tipos de aplicação. Também se verificam projetos e topologias que foram elaborados visando um melhor funcionamento em regiões específicas do planeta, satisfazendo as necessidades para as quais ele foi criado e, além disso, utilizando fontes de energias renováveis, notadamente a energia solar.