Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Suscetibilidade de ferimentos da poda da videira ao fungo Phaeomoniella chlamydospora
Breno de Souza Tavares, Franco Caldart Sartori, Daniel Santos Grohs, Marcus André Kurtz Almança

Última alteração: 27-10-2016

Resumo


Phaeomoniella chlamydospora, agente causal da doença de Petri e de Esca, tem sido observado frequentemente em plantas de videira com sintomas de doenças de tronco e tem como principal via de entrada os ferimentos ocasionados na planta. Visando obter tecnologias para proteção de ferimentos de poda, o presente trabalho teve como objetivo, analisar o tempo de suscetibilidade de ferimentos de poda em diferentes cultivares de videira, inoculadas com P. chlamydospora. A poda de todas as plantas foi feita no mesmo dia e as inoculações foram feitas conforme os tratamentos: TT - testemunha sem inoculação; T1 - 1 dia após a poda (DAP), T2 - 5DAP, T3 - 15DAP, T4 - 30DAP, T5 - 35DAP, T6 - 45DAP, T7 - 50DAP, T8 - 55DAP e T9 - 60DAP. As três cultivares utilizadas foram Bordô, Cabernet Sauvignon e Moscato Embrapa. Foram selecionadas 50 estacas de cada cultivar para desinfecção utilizando tratamento com água quente por 30 minutos à 50°C. Posteriormente, foram distribuídas 5 estacas a cada bandeja/tratamento, totalizando 10 bandejas por cultivar contendo vermiculita esterilizada. As bandejas foram mantidas em casa de vegetação à 25°C±2 e UR 70%±10. Após a poda prévia, foram inoculados 20 μL da suspensão de 107 esporos.mL-1 de P. chlamydospora sobre o ferimento das estacas do T1, para posterior vedação. No tratamento TT foi feita aplicação de 20μL de água destilada esterilizada. Após 45 dias da inoculação de cada tratamento foram medidas as lesões necróticas causadas pelo fungo e realizado o reisolamento. Todos os tratamentos apresentaram lesão necrótica, com exceção do TT. A cv. ‘Bordô’ apresentou o menor valor médio do comprimento de lesão necrótica (39,23 mm) para todos os tratamentos em comparação com as cultivares Cabernet Sauvignon (96,70mm) e Moscato Embrapa. (99,68 mm). O percentual de reisolamento de P. chlamydospora, foi de 70% na cv. ‘Cabernet Sauvignon’ e de 40% nas outras duas cultivares do T1. No T4 os valores ficaram abaixo de 10% de reisolamento para as três cultivares. Sendo assim, conclui-se que a suscetibilidade dos ferimentos ao fungo P. chlamydospora, ocorre até o 60° dia após a poda.

Palavras-chave


Videira. Poda. Esca. Petri. Declínio.

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