Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Avaliação da toxicidade de efluentes da indústria de laticínios sobre parâmetros bioquímicos em Caenorhabditis elegans
Eduarda Costa, Vanessa Ecléia de Oliveira, Jéssica Reis de Oliveira Sofiatti, Carlos Diego Ribeiro dos Santos, Rosilene Rodrigues Kaizer Perin, Ana Paula Vanin

Última alteração: 27-10-2016

Resumo


O Alumínio é um dos mais abundantes metais da superfície da Terra, este vem sendo reconhecido como um agente neurotóxico assim sendo associado com a doença de Alzheimer (AD), caracterizada por causar desordens neurológicas. No entanto, o papel do Alumínio na etiologia da AD encontra-se desconhecido, por isso e pelo fato deste metal ser um importante floculante usado no tratamento de efluentes, no presente estudo buscou-se compreender o mecanismo de toxicidade do efluente da indústria de laticínio e do alumínio e sua relação com a AD, para tanto foram utilizadas as cepas GMC101, CL2122 e N2 estirpe selvagem do nematódeo Caenorhabditis elegans como modelo experimental, os resultados foram alcançados pela avaliação de parâmetros comportamentais, defecação e batimento faríngeo, além de avaliar parâmetros bioquímicos e enzimáticos, através da atividade da enzima Acetilcolinesterase para determinação da toxicidade do metal e sua relação à desordem neurológica, esta enzima desempenha importante papel regulatório do neurotransmissor acetilcolina, sendo este importante contribuinte do sistema colinérgico, responsável pelo aprendizado e memória. Para tanto os nematódeos, foram expostos ao AlSO4, para avaliar o efeito do toxicante Al após as exposições crônica e aguda pode-se avaliar uma diminuição no ciclo de defecação da cepa CL2122 em exposição aguda na concentração 0,5 mM quando comparado ao controle, 2,5 mM e 5,0 mM, respectivamente. Já a cepa selvagem mostrou um aumento do ciclo de defecação no grupo 2,5 mM quando comparado ao 0,5 mM e 5,0 mM. Após exposição crônica, a defecação foi diminuída em CL2122 no grupo 0,5 mM, em relação aos grupos controle, 1,0 mM e 2,5 mM. Na cepa N2, os grupos 1,0 e 2,5 mM apresentaram um aumento no ciclo em ambas concentrações comparadas ao controle. A cepa GMC101 mostrou um aumento no ciclo de defecação no grupo 1,0 mM, em relação aos grupos controle, 0,5 mM e 2,5 mM. O batimento faríngeo na exposição aguda foi aumentado nas cepas transgênicas CL2122 e GMC101, e após a exposição crônica foi inibido, para CL2122 e GMC101, na concentração de 1,0 mM, quando comparado aos controles. A atividade da AChE foi aumentada nas cepas CL2122 e GMC101, após exposição aguda, na concentração de 0,5 mM. A cepa N2 apresentou inibição da AChE nos grupos 0,5 e 1,0 mM na exposição aguda e na crônica em relação ao grupo 2,5 mM. Assim podemos sugerir que os resultados obtidos demonstram uma relação entre o Al e a DA.


Palavras-chave


C. elegans; Alumínio; Doença de Alzheimer; Acetilcolinesterase

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