Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Aplicação de modelos matemáticos para prever a distribuição granulométrica de canjiquinha
Gabriela Smolinski da Silva, Indaiá Tainara Tamagno, Marilia Assunta Sfredo

Última alteração: 03-11-2016

Resumo


A canjiquinha é um produto de milho, com tamanho de partícula maior do que farinha de milho e menor do que canjica. Contudo, não há definição de tamanho para sua produção e comercialização, o que dificulta a padronização do produto. Nas embalagens encontra-se uma variedade de tamanhos, que variam de partículas maiores até muito finas, tendendo a pó. Para a determinação da distribuição de tamanhos pode-se utilizar o método de análise granulométrica, que possibilita o cálculo do diâmetro médio da amostra. Além disso, para prever a distribuição granulométrica é possível empregar modelos matemáticos relativos a fração mássica em função do diâmetro médio das partículas, sendo que dois modelos clássicos são: Gates, Gaudin e Schumann (GGS) e Rosin, Rammler e Bennet (RRB). Assim, justifica-se a determinação do modelo matemático que melhor descreve o comportamento da canjiquinha, tendo como objetivo determinar os parâmetros desses modelos, confrontando-os com os dados experimentais de distribuição de tamanhos. Para tanto, foram realizados três experimentos em um agitador eletromagnético, utilizando-se amostra de 500 g canjiquinha, quarteada até a obtenção de aproximadamente 250 g. A massa da canjiquinha foi adicionada ao topo do conjunto de peneiras da série Tyler de números 12, 16, 20, 28, 35, 48 e fundo. Nesses experimentos, a posição do reostato para regulagem da amplitude de vibração foi alterada de 9; 9,5 e 10 (máximo da escala). Os modelos matemáticos foram utilizados para ajuste da reta aos pontos experimentais, sendo determinados os parâmetros dos modelos e os coeficientes de determinação. Estes, para o modelo RRB, variaram entre 0,9560 (posição 9, 20 min de agitação) e 0,9795 (posição 10, 20 min de agitação). Para o modelo GGS o coeficiente de correlação variou entre 0,9261 e 0,9660. O diâmetro médio de Sauter variou de 0,86 mm a 0,90 mm (melhor valor do coeficiente de correlação). A análise dos resultados permite concluir que a melhor condição operacional estudada foi a posição 10 do agitador, visto que o coeficiente de correlação para os dados oriundos desse experimento foi maior e o valor do diâmetro médio de Sauter aproximou-se mais do maior pico do histograma de frequência da distribuição granulométrica. O modelo que melhor ajustou-se aos dados experimentais para canjiquinha foi o RRB, para o qual obteve-se um tamanho de partícula médio de 0,90 mm e distribuição de tamanho entre 0,1475 mm a 1,7 mm. Essas informações podem servir de parâmetro para a padronização do produto pelos órgãos reguladores.

Palavras-chave


Granulometria; Modelo RRB; Diâmetro Médio de Sauter

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