Portal de Eventos do IFRS, 4º Seminário de Extensão (SEMEX)

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Resgate étnico e cultural da ocupação guarani no município de Viamão: conhecendo a aldeia Canta Galo
Larissa de Azevedo Mello, Adilson Breno Carneiro, Lucas Coradini

Última alteração: 06-11-2016

Resumo


Viamão é um município da região metropolitana caracterizado pela ocupação tradicional de comunidades indígenas, em especial Mbya-Guarani. Neste projeto, as ações extensionistas se direcionam para a promoção do resgate étnico, levantamento de elementos socioculturais e de afirmação identitária, e conexão dos saberes populares com os saberes acadêmicos (ou saberes dos Jiruás, “homens brancos”), visando o desenvolvimento local, a promoção de visibilidade para estas comunidades e, por consequência, contribuir para o maior acesso a serviços e políticas públicas. Este projeto assume como objetivo central a promoção e a mediação do conhecimento nas diferentes realidades, desenvolvendo atividades interdisciplinares que provoquem a troca entre o saber acadêmico e os saberes populares. Entre os objetivos secundários, promover ações que visem a ampliação do acesso aos direitos econômicos, sociais e culturais das comunidades indígenas locais, fomentando a construção de uma rede de cooperação entre o Instituto Federal, as comunidades indígenas, e demais órgãos do poder público. Seleciona-se, nesta primeira etapa, a comunidade Indígena do Canta Galo – em Itapuã - como universo da pesquisa e objeto das ações extensionistas. Como metodologia, propõe-se a inserção discente nestas comunidades para a produção de dados qualitativos, através da realização de estudos etnográficos, da observação participante e de entrevistas com as lideranças locais. O projeto iniciou com uma pesquisa sócia histórica sobre a ocupação indígena no município de Viamão, antes das primeiras inserções em campo. Num segundo momento, os extensionistas foram instrumentalizados sobre técnicas de pesquisa presentes na etnografia, aprendendo como formular um diário de campo, a observação participante e a narrativa fotoetnográfica. Por fim, realizaram-se as saídas de campo, em que foi possível apreender aspectos culturais e da organização social da aldeia do Cantagalo, entrevistar os indígenas e produzir registros fotográficos. Após cada saída de campo os bolsistas produzem um diário de campo, cujos relatos serão analisados posteriormente. O próximo passo será projetar ações integradas entre os indígenas e órgãos do poder público visando atender as necessidades dos moradores da aldeia, em relação ao acesso a direitos sociais e políticas públicas.

Palavras-chave


Etnicidade; Indígenas; Mbya-Guarani

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