Última alteração: 16-03-2018
Resumo
Num cenário contemporâneo, as biotecnologias reprodutivas são responsáveis pelo grande avanço no melhoramento genéticos dos rebanhos bovinos e, entre elas, a inseminação artificial (IA) é a grande revolucionária deste processo. A utilização de touros provados e confiáveis encurta o intervalo entre gerações através do melhoramento dos indicadores produtivos e reprodutivos dos animais. Enquanto em países desenvolvidos é utilizada em mais de 90% do seu rebanho contribuindo de maneira significativa com a produção, no Brasil somente 12% do rebanho utiliza esta técnica corroborando com baixa eficiência produtiva. Assim, com o intuito de contribuir com o melhoramento genético e aumentar a produtividade da pecuária em nossa região, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Sertão oferece para os alunos do Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, Técnico em Agropecuária Subsequente ao Ensino Médio e aos acadêmicos de Bacharelado em Zootecnia, o curso de IA em Bovinos. Durante o período de capacitação, que tem carga horária de quarenta horas, os alunos aprendem esta técnica que pode ser utilizada em fazendas de qualquer potencial produtivo. Durante o curso recebem aulas teóricas para o conhecimento da anatomia e fisiologia da fêmea, manejo do botijão do nitrogênio líquido e materiais necessários, e sobre mérito genético dos touros para acasalamentos. Posteriormente são treinados para a realização da técnica em manequins pelo Método Schivas, em peças anatômicas obtidas em frigoríficos da região, e em vacas. O objetivo do presente projeto é capacitar alunos da instituição para a biotecnologia da inseminação artificial para disseminá-la no campo trazendo eficiência produtiva e rentabilidade econômica da pecuária regional. Ao longo de quase 20 anos, que é o período em que o projeto é existente em nosso Campus, foram capacitados aproximadamente dois mil profissionais para atuarem na Mesorregião Noroeste Rio-grandense, onde impulsionaram esta mesorregião, da terceira colocação para a primeira colocação no ranking de produtividade/vaca/ano entre as mesorregiões brasileiras, ultrapassando as Mesorregiões do Triângulo Mineiro e Oeste Catarinense nos últimos anos.