Última alteração: 16-03-2018
Resumo
O projeto de ensino Oficina Inclusiva busca subsidiar o processo de Educação Inclusiva no IFRS – Campus Osório, tendo em vista a Política de Ações Afirmativas, em que 5% de suas vagas são destinadas às pessoas com deficiência. Este amparo se dá através da promoção de momentos de debates e reflexões que ampliam a compreensão dos acadêmicos, referentes à pessoa com deficiência e suas especificidades, além do ensino da Língua Brasileira de Sinais – Libras. Os encontros são realizados semanalmente e conta com 12 alunos do 1º e 2º semestre dos cursos superiores de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e de Tecnologia em Processos Gerenciais, já que estes possuem em suas turmas dois colegas surdos. Com o ingresso destes dois alunos, surge a necessidade da formação de um ambiente acolhedor e inclusivo, aonde todos os acadêmicos tenham vez e voz. Neste contexto, o projeto objetiva promover conhecimento, informação e discussões acerca da inclusão social, escolar e profissional da pessoa com deficiência. Almeja-se que através das práticas reflexivas, os estudantes se sensibilizem e aprendam a lidar com a diferença, bem como respeitar a diversidade existente. Além disso, busca-se promover maior acessibilidade comunicativa, através do ensino básico da Libras, proporcionando trocas sociais entre os discentes. Por meio de interações, dinâmicas de sensibilização e vivências, a Oficina Inclusiva é um trabalho de ativa participação dos integrantes, uma vez que, estas interações servirão como construção coletiva quanto à compreensão da singularidade de cada pessoa, despertando questões de si e do outro, aceitação e equidade. O ensino da Libras é aplicado de acordo com o ritmo de aprendizagem dos participantes, e se utiliza de diversos artifícios para garantir o entendimento efetivo destes, como por exemplo, músicas, teatro (treino da expressão facial), jogos, vídeos, contação de histórias e conversação. Ao final do primeiro semestre, realizou-se uma avaliação referente a alguns pontos específicos do projeto, e constatou-se que cem por cento dos integrantes concordam plenamente que os temas abordados serviram como aprendizagem e reflexão acerca da inclusão de pessoas com deficiência, e cem por cento deles indicariam a ação para outros colegas. Oportunizar momentos, onde o foco principal é a inclusão sob diferentes ângulos é enriquecedor, seja visto com olhar acolhedor e igualitário, e que a partir destes haja maior conhecimento sobre acessibilidade, surdez, deficiência, bem como domínio da Libras, o que repercutirá em uma acessibilidade comunicativa e inclusão mais efetivas no âmbito escolar.