Última alteração: 17-10-2016
Resumo
A energia proveniente do sol é transmitida pelo espaço até o planeta Terra na forma de radiação eletromagnética composta por diversos comprimentos de ondas distintos. A quantidade de energia que uma onda eletromagnética pode transmitir é diretamente proporcional a sua frequência de propagação. Este trabalho apresenta uma proposta para determinar a eficiência de conversão destas ondas eletromagnéticas através de um dispositivo fotovoltaico baseada não no espectro padrão, mas sim em um espectro alternativo o qual é típico do local de instalação do sistema fotovoltaico, este sendo diagnosticado pelo software matemático SMARTS (Simple Model of the Atmospheric Radiative Transfer of Sunshine) a partir de dados como temperatura ambiente, pressão atmosférica e latitude. Através da determinação do espectro alternativo e da resposta espectral da tecnologia fotovoltaica a ser analisada foi possível determinar um fator de descasamento espectral e com isso, sendo possível calcular uma eficiência de conversão para um dispositivo fotovoltaico que se aproxime melhor da real eficiência que o dispositivo terá em campo e comparando com a mesma análise com o espectro padrão. Pôde-se observar que as condições climáticas e principalmente as geográficas apresentam grande influência na distribuição espectral solar da região de interesse. Esse aumento de intensidade se reflete no aumento da corrente de curto-circuito dos módulos, uma vez que o espectro sofra variação dentro das faixas de respostas espectrais da tecnologia em análise. Neste trabalho a metodologia proposta foi testada para a cidade de Farroupilha-RS, Brasil e para as duas tecnologias mais comuns no mercado, e para estas tecnologias encontrou-se valores de eficiência de 4,7% (m-Si) e 4,8% (mc-Si) superiores às eficiências no espectro padrão.