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O presente trabalho tem como objetivo compartilhar a trajetória e o progresso de um grupo de meninas de uma escola pública de Porto Alegre, estudantes do ensino fundamental séries finais, participantes do curso de extensão em Computação Criativa, conduzido no Campus do Instituto Federal Porto Alegre. O curso é produto da Pesquisa do Mestrado Profissional em Informática (MPIE) que investiga se o uso de computação criativa na educação básica pode incentivar o ingresso de meninas na área da TI. A pesquisa e o curso são norteados pelos pressupostos teóricos do Construcionismo de Seymour Papert e pelos aspectos essenciais da abordagem pedagógica da Aprendizagem Criativa, definida por Resnick. A ideia é estimular o pensamento criativo e computacional, amenizar as possíveis inseguranças das meninas em relação à computação e contribuir com a escola para uma melhor reflexão do seu papel para o empoderamento de suas alunas. Como mencionado previamente, o curso é produto da pesquisa realizada no contexto do MPIE, e tem como finalidade investigar se a Computação Criativa pode ou não incentivar o ingresso de mais mulheres (meninas) na área da computação. O curso de extensão ofereceu atividades mão-na-massa, noções básicas de informática e uma introdução à ferramenta Scratch, além de breve contextualização histórica sobre as principais mulheres na área da Computação. Dentro do curso as Garotas, identidade definida pelas participantes do curso, foram incentivadas a trabalhar com bonecas, tentando desconstruir estereótipos da mulher perfeita representadas por bonecas como a Susy e a Barbie. A partir dessa reconstrução das bonecas elas recriaram personagens que foram fotografados e inseridos em um projeto Scratch. As personagens foram animadas e contextualizadas de modo a provocar uma reflexão sobre a importância do empoderamento feminino para a informática e com a intenção de disseminar para outras meninas que informática não é coisa só de menino e que elas podem sim aprender a programar. Como resultados do trabalho, até o presente momento, as Garotas participaram do Festival de Invenção e Criatividade de 2023, realizado no IFRS Campus Porto Alegre, apresentando e compartilhando todo percurso do curso. Outro resultado importante, foi o interesse das participantes em replicarem o curso em sua escola, disseminando as ideias e proposições para outras meninas. As Garotas levaram para a escola suas vivências culminando em uma oficina mão-na-massa para outras alunas, compartilhando assim o projeto com seus pares, despertando novas paixões e dando oportunidade para novas meninas que não conheciam o Scratch, pensarem, criarem e se divertirem ao criar e programar novos personagens. A oficina de Computação Criativa oferecida na escola atingiu cerca de trinta meninas, todas do sexto ano do ensino fundamental. Este projeto deseja inspirar muitas meninas a inspirar outras meninas e assim sucessivamente, por isso ele não para por aqui…

Educação Básica, Empoderamento Feminino, Computação Criativa, Aprendizagem Criativa