As práticas educacionais inclusivas estão ligadas à promoção da acessibilidade e à inclusão de todos os estudantes, em especial àqueles que possuem algum tipo de deficiência e/ou que encontram barreiras no âmbito escolar, tanto de ordem arquitetônica, quanto pedagógica, tecnológica, comunicacional e/ou social. A Lei 13.146/15 - Lei Brasileira de Inclusão indica a necessidade de ultrapassá-las, compreendendo ser papel das instituições de ensino diminuir ou eliminar qualquer obstáculo que possa limitar ou impedir a participação social da pessoa, desde seu acesso a espaços comuns até a comunicação, à informação e à circulação com segurança. O Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), é um núcleo que foi criado para atender aqueles educandos que apresentam algum tipo de necessidade educacional específica. Tem como proposta facilitar e disseminar ações inclusivas, buscando não apenas a acessibilidade nas práticas e cotidiano escolar do estudante, mas, também, sua permanência e saída exitosa para o mundo do trabalho, atuando no ensino, na pesquisa e na extensão. No campus Porto Alegre, este Núcleo conta com 8 (oito) pessoas que atuam diretamente no atendimento aos estudantes que se identificam no ingresso como pessoas com deficiência e aqueles que são encaminhados para atendimento, após o ingresso, pelos docentes. Diante desse contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar a atuação do NAPNE no campus Porto Alegre, evidenciando sua importância. A metodologia parte da experiência vivenciada por profissional que do NAPNE faz parte, desde fevereiro de 2023. Dentre as diferentes ações do NAPNE, destaca-se a realização da intermediação entre os diferentes sujeitos que participam do processo de ensino do estudante: docentes, família, colegas, comunidade acadêmica. Sempre com a participação ativa do próprio sujeito atendido. O estudante é auxiliado na busca de meios para que sua aprendizagem seja potencializada. O professor para que possa realizar as adaptações curriculares, métodos e práticas que se fizerem necessárias. Com a comunidade acadêmica são propostos eventos que buscam a sensibilização para as diferenças, o respeito às diversidades e a promoção da inclusão. A participação da família ocorre a partir da necessidade de entender situações narradas pelo estudante que possam influenciar o processo de aprendizagem. Diante do exposto, conclui-se a importante contribuição do NAPNE, o qual serve de base para os estudantes com necessidades educacionais específicas em sua trajetória no IFRS. A partir do acompanhamento, nota-se o crescimento no processo de ensino dos sujeitos atendidos, como também na melhoria das práticas pedagógicas oferecidas em sala de aula. Fica a certeza da necessidade de continuidade e melhoria nos processos o que ocorrerá a partir das experiências que a prática está e estará fornecendo a cada um daqueles que no núcleo atuam.