Última alteração: 23-09-2024
Resumo
O ser e o saber-se docente é constituído tanto durante sua formação assim como durante sua práxis, com o avanço das tecnologias os saberes docentes precisam se alinhar à esta nova realidade onde o conhecimento e os avanços tecnológicos ocorrem cada vez mais de forma acelerada, em contraponto a educação e as práticas docentes não evoluem com a mesma velocidade. Talvez isso ocorra porque alguns docentes são resistentes a utilização das tecnologias, ou porque durante sua formação docente não apreenderam a utilizar estas em suas em práticas, porém por utilização de tecnologia em sala de aula não se deve entender apenas como o uso das ferramentas digitais em substituição ao quadro negro e o giz. A utilização de tecnologia perpassa pela apropriação do docente destas ferramentas e criação de formas de utilizá-las adequando-as à sua realidade e à realidade dos seus educandos, através da sua autoria docente e através de seu protagonismo enquanto educador, pronto para superar os desafios cada vez mais emergentes da profissão docente. Esta autoria e este protagonismo se tornam necessários para que o docente reinvente sua forma de dar aula, não apenas com modelos prontos, pré-estabelecidos, mas criando possibilidades e reestruturando sua práxis, isso perpassa tanto pela formação do docente como também pelos investimentos públicos no tangente a TDCIs-Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação, uma vez que o docente precisa de meios para acessar as tecnologias e formação adequada para isso. Com eventos climáticos ocorridos em maio de 2024, onde muitas cidades do estado do Rio Grande do Sul sofreram com as chuvas excessivas e as enchentes, gerando uma situação de calamidade pública, desalojando boa parte da população do estado. Esta situação de crise climática gerou consequências em vários setores da sociedade, assim como na educação, além de muitas escolas serem atingidas, muitos docentes e discentes sofreram perdas. Com as escolas fechadas, mesmo as que não foram fisicamente atingidas, novamente houve a necessidade de se buscar alternativas para conectar os estudantes ao aprendizado. Mas como conseguir (re)conectar os estudantes à escola, pois ao contrário do que ocorreu em 2019 com a COVID-19 este evento climático num primeiro momento, impossibilitou a aplicação de aulas remotas. Então de que forma a autoria e o protagonismo docente poderiam criar soluções para que mesmo durante eventos extremos haja uma conexão entre o estudante e o docente para que haja a construção do aprendizado.