Última alteração: 23-09-2024
Resumo
O descarte incorreto do óleo de cozinha residual provoca a poluição dos mananciais hídricos, aumentando o custo do tratamento da água para torná-la potável para o consumo humano, além de contaminar o solo, causar o entupimento dos encanamentos das residências, entre outros danos ambientais. Assim, dentre as ações organizadas pelo Projeto de Ensino Metamorfose em 2024 no IFRS- Campus Canoas, está a retomada do ponto de coleta para o descarte correto do óleo de cozinha residual, envolvendo a sensibilização da comunidade escolar a respeito dessa possibilidade. Para tanto, inicialmente, o ponto de coleta foi instalado no saguão do bloco A, na entrada do Campus, com cartazes de identificação e materiais contendo explicações sobre os impactos ocasionados pelo descarte incorreto, bem como alternativas viáveis para o armazenamento do óleo residual nas residências e posterior descarte no ponto de coleta. Em seguida, houve a divulgação dessa ação do projeto, com entradas nas turmas dos cursos oferecidos no IFRS - Campus Canoas, contemplando os três turnos (manhã, tarde e noite). Esse momento também foi utilizado para a divulgação de um questionário, disponibilizado via formulário online, objetivando um diagnóstico a respeito de hábitos na destinação de resíduos, mais especificamente o óleo de cozinha, nas residências das pessoas de toda a comunidade escolar (servidores e estudantes). Como resultados parciais, observou-se, durante a divulgação, que muitos estudantes tinham dúvidas sobre como destinar o óleo, principalmente sobre como fazer o armazenamento em suas residências. Na análise dos resultados do questionário, percebeu-se que, já há o hábito de separação dos resíduos domésticos, considerando o que é orgânico e reciclável. No entanto, em relação ao óleo, embora mais de 90 % tenha indicado saber dos impactos ambientais causados pelo descarte incorreto, 20 % dos respondentes indicaram o descarte do óleo residual no solo, no ralo da pia ou na churrasqueira, e ainda quase metade das respostas apontaram o lixo domiciliar como destino do óleo. Observou-se também que quase metade das pessoas que responderam o questionário não conheciam o ponto de coleta de óleo instalado no campus, sendo que mais de 95% indicaram que com as informações divulgadas pelo projeto, utilizarão o ponto de coleta para destinar o óleo de suas residências. As próximas etapas do projeto envolvem a busca por informações sobre o tratamento da água contaminada pelo óleo, bem como a organização de outras intervenções para que a comunidade escolar reflita sobre seus hábitos. Ademais, ações relacionadas à destinação do óleo recebido também estão sendo desenvolvidas.