Este estudo examina como o ChatGPT responde a variações étnicas em imagens relacionadas ao tema "mães com filhos", buscando entender o impacto de características físicas nas respostas geradas pelo modelo de linguagem. A pesquisa parte da premissa de que os dados utilizados para treinar modelos de inteligência artificial podem conter vieses que influenciam suas respostas, especialmente em questões de representatividade étnica. O principal objetivo é avaliar se a cor da pele das figuras presentes nas imagens altera as interpretações geradas pelo ChatGPT, contribuindo para a discussão sobre a ética e a diversidade em IA. A metodologia envolveu a seleção de dez imagens obtidas através de uma busca no Google, onde cada imagem foi modificada para criar nove cenários distintos, variando a etnia das mães e das crianças representadas. Esses cenários foram gerados de forma a incluir variações para cada etnia: uma para mães sem especificação étnica, uma para mães brancas e uma para mães pretas, com variações também na cor da pele das crianças. Em seguida, as imagens foram submetidas ao ChatGPT, que forneceu descrições e interpretações para cada cenário. Os resultados indicam que as mudanças nas características étnicas podem levar a respostas diferentes do modelo, evidenciando a existência de viés em suas interpretações. Este estudo contribui para o debate sobre a necessidade de práticas mais éticas e inclusivas no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial, ressaltando a importância de utilizar dados diversificados e representativos em seu treinamento. Além disso, a pesquisa destaca a relevância de uma abordagem crítica na utilização de IA, considerando seu impacto potencial na sociedade e a responsabilidade dos desenvolvedores e pesquisadores em mitigar desigualdades sociais. Conclui-se que, para promover uma sociedade mais justa e inclusiva, é essencial que o desenvolvimento de tecnologias de IA seja orientado por princípios éticos que garantam a representatividade de todas as etnias e grupos sociais, evitando a perpetuação de preconceitos e desigualdades.