A Instrução Normativa nº 12, de 21 de dezembro de 2018, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) regulamenta os fluxos e procedimentos de identificação, acompanhamento e realização do Plano Educacional Individualizado - PEI (IFRS, 2018). Tal plano é voltado para estudantes com necessidades educacionais específicas que, em decorrência de deficiência, transtornos funcionais específicos, limitações transitórias ou permanentes, ou altas habilidades, necessitem de adaptações curriculares. Logo, todos os estudantes que se enquadram em algumas dessas categorias têm direito a solicitar acompanhamento com vistas a ampliar as suas condições de permanência e diplomação no ambiente educacional. Pensando nisso, no IFRS - Campus Porto Alegre foi desenvolvido o Projeto de Inclusão e Permanência o qual, em consonância com os princípios da política nacional de assistência estudantil (Brasil, 2010), visa o auxílio aos estudantes que, porventura, necessitam de adaptação curricular para favorecer o seu processo de aprendizagem. No primeiro semestre de 2019, o Projeto atendeu diversos alunos com diferentes necessidades específicas, os quais eram encaminhados pelos professores e/ou que procuravam o atendimento por vontade própria. Um dos estudantes acompanhados apresentava, no começo do projeto, algumas dificuldades em se expressar e realizar escritos que extrapolassem a dimensão objetiva da tarefa proposta (ou seja, que contemplassem uma dimensão dita subjetiva). Nesse caso, foi aplicado atendimento no contra turno do aluno para realização das atividades abordadas em aula e, ainda, auxiliar em sua capacidade argumentativa. Foi utilizado como metodologia de trabalho pela monitora recursos visuais no computador, como vídeos e imagens relacionadas com o conteúdo da disciplina, buscando dar ao aluno instrumentos para resolver as atividades proposta pelo professor. Ao fim do semestre o estudante apresentou avanço no desenvolvimento da sua escrita, sendo capaz de apresentar opinião pessoal nos trabalhos realizados. Portanto, concluo que apesar de o Projeto ter ampliado as possibilidades do estudante, para uma inclusão de fato efetiva, ainda, se faz necessário o envolvimento de diversos atores, como professores, técnicos administrativos, bolsistas e ainda do próprio estudante.