Histórias infantis possuem importância maior do que dá para imaginar. Algumas existem há séculos e trazem uma bagagem cultural e educativa enorme, influenciando na própria formação moral da sociedade ocidental. Contos como “Os Três Porquinhos” e “Chapeuzinho Vermelho” trazem consigo o código de conduta que uma criança devia aprender na sua infância: “não confie em estranhos” ou “ame sua família”. As histórias passam, por meio do fabuloso, ensinamentos para serem aplicados na vida real. Elas são meio de perpetuação do mágico no mundo de hoje em dia; resgatam e renovam o ato de educar por meios orais, além de capacitar o pequeno indivíduo com imaginação e sagacidade para entender o que acontece a sua volta. Nesse contexto, foi criado, em 2015, o Contamores: grupo de contadores de histórias. O objetivo do projeto é de aperfeiçoar a consciência fantástica da criança, utilizando elementos educativos dos contos para o seu desenvolvimento interno e em sociedade. Uma história é mais bem entendida ao ser oralizada por alguém que a domina, a entende e a adapta conforme a necessidade. Para esse fim, os integrantes do grupo se encontram a cada semana, intercalando-as em ensaios de aprimoramento e em reuniões para entrosamento do grupo, em que praticam dinâmicas e tecem ideias baseadas nas suas experiências como contadores. A escolha das histórias não obedece nenhuma regra rigorosa de seleção, há apenas um trabalho de percepção de quais dos itens dialoga melhor com a mensagem que o grupo deseja passar e, tão importante quanto, o que as crianças querem ouvir. No papel de contadores de histórias, usamos o lúdico para dar asas ao imaginativo infantil, tais como fantasias, fantoches, pinturas e tecidos. Neste ano, estão sendo feitas apresentações em escolas públicas e privadas, além de apresentações mensais na biblioteca municipal do bairro.