O presente trabalho é um relato da ação de extensão intitulada “Vez e Voz para os Quilombos: Reafirmação de Saberes, Resistência e Potencialidades”, realizada em setembro de 2018 no campus Porto Alegre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do sul (IFRS). O evento abordou como a questão quilombola vem sendo tratada na atualidade brasileira e objetivou construir saberes úteis à população do Quilombo Anastácia, sendo desenvolvido em duas etapas: a primeira delas no próprio quilombo, no município de Viamão, e a segunda durante três dias no IFRS campus Porto Alegre. De forma geral, pretendeu-se contribuir para a valorização da herança cultural de matriz africana e afro-brasileira, de forma também a diminuir o preconceito presente na sociedade brasileira. O evento foi realização do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do campus junto a alunos e professores vinculados à disciplina de Projeto Integrador, do curso superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. De 26 a 28 de setembro a programação do evento incluiu debates, rodas de conversa, oficinas, palestras, apresentações culturais e mostra fotográfica. O bate papo “Por que falar de Quilombos?” abriu o evento, seguido de mostra fotográfica e sarau com os grupos Sopapo Poético  e Poetas Vivos - que destacaram as lutas diárias da população afro-brasileira e quilombola, fomentando reflexão sobre o tema. Já no segundo dia do evento foi apresentado o curta metragem “Unha Preta”, com debate após a sessão. O envolvimento dos ouvintes com comentários e questionamentos mostrou que a atividade atingiu seu objetivo. Na sequência ocorreu a oficina de bonecas “Abayomi: retalhos de uma história”. No terceiro e último dia de atividades o destaque ficou com a roda de conversa “O olhar dos Quilombos pelos Quilombolas’’, que contou com convidados representantes de três comunidades quilombolas da região metropolitana de Porto Alegre. Destaca-se ainda a palestra “O cuidar feminino: saberes e fazeres tradicionais de benzedeiras quilombolas de Mostardas/ RS” e a oficina “Vivência com o Grupo de Capoeira Angola Zimba”. Acreditamos que o evento cumpriu plenamente seus objetivos, uma vez que promoveu discussão sobre a quilombolas e quilombolas no Brasil. Foram três dias onde se deu espaço à valorização da herança cultural de matriz africana e afro-brasileira, à construção do conhecimento da comunidade interna e externa do campus Porto Alegre do IFRS.