Portal de Eventos do IFRS, 20ª Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Porto Alegre

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Percepção ambiental da foz do Arroio Dilúvio
Dassuen Tzanovitch Datsch, Paulo Artur Konzen Xavier de Melo e Silva, Karin Tallini

Última alteração: 16-10-2019

Resumo


A Educação Ambiental (EA) pode ser conceituada como um processo continuo de desenvolvimento pelo qual os indivíduos, constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. Considerada como tema transversal, auxilia em diferentes áreas de formação e conhecimento, sendo uma ferramenta muito importante na construção dos valores sociais. Assegurada pela Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Federal 9.795/99), prevê que esse processo deve estar presente em todos níveis e modalidades de ensino, sendo estes formais ou não formais. Compreendendo o quão importante é a aprendizagem e compreensão deste processo, para formação de professores, foi promovida uma experiência de ensino, em 2018, na disciplina de seminários I, do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, onde oportunizou-se a realização de um trabalho que possuía como objetivo incitar a percepção ambiental dos alunos ao visitar a foz do Arroio Dilúvio. Localizado dentro da cidade de Porto Alegre, o Arroio Dilúvio percorre áreas de grande densidade populacional, como por exemplo, a Avenida Ipiranga. Sua nascente encontra-se na represa da Lomba do Sabão, e sua foz no lago Guaíba, entre os limites dos parques Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia) e Parque Marinha do Brasil. A microbacia do arroio possui cerca de 80 quilômetros quadrados, sua extensão é de aproximadamente 17,6 Km dos quais, 12 quilômetros são canalizados. Segundo dados da prefeitura, anualmente são depositados cerca de 50 mil metros cúbicos de terra e lixo em suas águas, que recebem também, esgoto cloacal de três bairros. A quantidade de lixo depositada no arroio equivaleria a dez mil caminhões-caçamba cheios, necessitando de limpezas e drenagens periódicas. Durante a visita a foz, os estudantes constataram os resultados da atividade antrópica descrita acima. Observou-se uma grande quantidade de lixo na vegetação do entorno e dentro da foz, discutindo-se ao longo das observações, os impactos que o lixo tem causado neste local. Entretanto, o que mais chamou atenção durante a visita foi a observação de espécies nativas de fauna e flora, que apesar da poluição, ligada principalmente ao lixo neste caso, ainda sobrevivem neste local. Em relação à fauna, registramos peixes, tartarugas e pássaros vivendo no ambiente onde o arroio encontra o Lago Guaíba. Na identificação da flora, foi possível constatar cerca de 4 espécies exóticas, ou seja, plantas fora de sua área de distribuição natural e 15 espécies nativas, utilizando-se como base para a caracterização taxonômica alguns aspectos anatômicos e morfológicos das espécies observadas. Entre as espécies nativas ainda discutiu-se quais eram próprias para o ambiente em questão, seguindo orientações de hábito e porte para uma futura indicação de reposição florestal.


Palavras-chave


Arroio Dilúvio, Percepção Ambiental, Flora

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