A taxa de desemprego no Brasil no mês de março de 2019 foi de 12,7% e a subutilização da força de trabalho atingiu 25%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A maior taxa de desocupação é entre os jovens de 18 a 24 anos. Isto ocorre em razão da sua pouca ou nenhuma experiência profissional somada à retração das vagas no mercado. Com a diminuição dos postos de trabalho, diminui também a necessidade de as empresas terem profissionais de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). O SESMT é regulamentado pela Norma Regulamentadora (NR-4), inclui profissionais como Técnicos em Segurança do Trabalho, Engenheiros de Segurança do Trabalho, Auxiliares de Enfermagem do Trabalho, Enfermeiros do Trabalho e Médicos do Trabalho. Assim, com a redução do número de funcionários das empresas há, consequentemente, a diminuição do número de integrantes dos SESMTs. Portanto, os profissionais formados para atuar nos SESMTs das empresas, incluindo-se neste rol os técnicos em Segurança do Trabalho, encontram dificuldade de inserção profissional, devido à diminuição do número de vagas. Com menos técnicos em Segurança do Trabalho, há também menos oportunidades de estágio nesta área, o que pode ser um fator que contribua para a evasão dos estudantes deste curso. O IFRS Campus Porto Alegre oferta, semestralmente, 35 vagas para o curso técnico em Segurança do Trabalho e forma, em média, apenas 13 alunos por semestre. No decorrer do curso, já é observado nos estudantes um desânimo quanto à inserção profissional, pela dificuldade em obter estágio. Ao chegar no último semestre do curso, ao realizar estágio obrigatório, muitos optam pela apresentação de um relatório técnico (em substituição ao estágio), justamente por não conseguirem realizar um estágio ao longo do curso. Outros prorrogam a duração do curso, na tentativa de ainda conseguir um estágio, pois sabem que se não tiverem esta experiência dificilmente terão acesso a uma boa vaga como profissional formado depois. Então esse projeto de pesquisa não pretende criar novas vagas de estágio ou de trabalho na área da Saúde e Segurança do Trabalho, porém sua relevância se dá no sentido de aproximar os estudantes e profissionais das vagas disponíveis no estado do Rio Grande do Sul nesta área. Considerando que os jovens são, em sua maioria, adeptos às tecnologias da informação, acredita-se que um portal de vagas especializado na área de SST possa contribuir para os atuais estudantes e profissionais já formados. Pretende-se que este portal seja de livre acesso, gratuito para as pessoas interessadas nas vagas de estágio e trabalho e para as empresas ofertantes de vagas. Assim, torna-se evidente a contribuição do presente projeto para o desenvolvimento regional.