Portal de Eventos do IFRS, 19ª Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão IFRS Campus Porto Alegre

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Avaliação qualitativa e determinação de pH de amostras de águas das chuvas da cidade de Porto Alegre
Arieli Dos Santos Dos Santos, Claudio Luiz Veroneze da Rosa, Ricardo Ribeiro Dias, Andreia Modrzejewski Zucolotto, Nara Regina Atz

Última alteração: 19-09-2018

Resumo


A poluição decorrente de atividades industriais teve um crescimento significativo nos últimos anos e, o monitoramento sistemático da poluição do ar foi determinante para estabelecer a relação entre a combustão do carvão e a diminuição do pH da chuva. A queima de combustíveis (como madeira, gás natural, petróleo ou carvão) é utilizada para produzir energia. Por exemplo, o gás butano é queimado para cozinhar, a gasolina para mover os carros, o carvão para produzir energia elétrica. Em todos esses processos, a combustão é utilizada para gerar calor a partir de reações químicas. Os gases gerados como produto dessas reações são o dióxido de carbono (CO2), monóxido e dióxido de nitrogênio (NOx), dióxido de enxofre (SO2), e outros. Devido aos processos naturais, uma pequena quantidade de CO2 presente na atmosfera torna a chuva ligeiramente ácida, atingindo um pH que varia entre 5,6 a 5,2, em virtude da presença do ácido carbônico (H2CO3). Ao aumentar a quantidade de CO2 e devido à emissão de gases poluentes, que causam o acúmulo de partículas de NOx (formadores do ácido nítrico - HNO3), assim como de SO2 (formador do ácido sulfúrico - H2SO4), há redução do pH a níveis de acidez correspondentes a valores menores do que 5,2, característico de uma chuva ácida (definida como precipitação pluviométrica com pH  menor que 5,2). Este projeto teve como objetivo caracterizar a chuva de diferentes regiões de Porto Alegre, no período de abril a junho de 2018, quanto à acidez e à presença de ânions relacionados a tal acidez. Para a coleta, nas regiões definidas como A, B, C e D, utilizaram-se coletores construídos artesanalmente, com finalidade de captar a água da chuva diretamente. Destes coletores, foram armazenadas 4 alíquotas em tubos falcon de 15 mL (alíquotas 1, 2, 3 e 4, em cada região), para posteriores análises. As medidas de pH foram realizadas em dois momentos: na hora da coleta com fita de papel indicador e, posteriormente, na alíquota 1, no laboratório do IFRS com uso do pHmetro digital. Para um único evento chuvoso, foram efetuados testes qualitativos nas alíquotas 2, 3 e 4 de cada região, com finalidade de identificar os ânions carbonato (CO32-), nitrato (NO2-) e sulfato (SO42-), derivados de ácidos carbônico, nítrico e sulfúrico, respectivamente. Os resultados das análises de pH indicaram que as amostras, no período em estudo, estão dentro dos padrões bibliográficos para uma chuva natural. Os extremos de pH analisados foram de 5,2 (mais ácido), região A, e 7,2 (básico), região D. Nas análises qualitativas efetuadas não foi detectada a presença dos ânions estudados, indicando que as concentrações dos mesmos nas amostras eram menores que o limite mínimo de detecção da técnica qualitativa utilizada.




Palavras-chave


Chuva ácida; Poluição do ar; Porto alegre.