Portal de Eventos do IFRS, 19ª Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão IFRS Campus Porto Alegre

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Otimização da transformação genética de Eucalyptus por bombardeamento de partículas
Bryan Josue Perdomo Solis, Luísa Machado Ramos, Giancarlo Pasquali, Leandro Viera Astarita, Paulo Artur Konzen Xavier de Mello Silva, Eliane Romanato Santarém

Última alteração: 22-10-2018

Resumo


A utilização de micropartículas de tungstênio cobertas com DNA e submetidas a uma rápida descarga de alta pressão de gás hélio é o principal meio de introdução de genes em tecidos vegetais que independe da ação viral ou bacteriana e, portanto, não limita- se ou depende da relação patógeno-hospedeiro, espécies e genótipos. A transformação genética de explantes de Eucalyptus mediada por agrobactérias é bastante ineficiente para a maioria das espécies e clones deste gênero arbóreo e, por isso, o estabelecimento de um protocolo eficiente por meio do acelerador de partículas “Particle Inflow Gun” para modificar geneticamente eucalipto é uma alternativa, embora também desafiador. Fatores como a substância utilizada para a lavagem e a ressuspensão de micropartículas, a concentração de micropartículas e de DNA plasmidial, assim como a distância percorrida pelas partículas, o tipo de tecido vegetal exposto ao bombardeamento, o número de disparos realizados no tecido vegetal e a utilização de um anteparo para dispersar as partículas foram considerados como limitantes para estabelecer um protocolo ideal. Assim, foram testados dois tratamentos com duas distâncias (A1~12 cm; A2~10 cm) e número de disparos (D1: um disparo; D2: dois disparos) distintos nos tecidos utilizados (segmentos nodais de eucalipto e calos de orquídea). Concentrações de tungstênio (50 mg em 500 μL de água estéril) e de DNA plasmidial contendo o gene GUS como repórter (em média 250 ng/μL por bombardeamento) foram utilizadas nos experimentos. Paralelamente, análise histológica dos tecidos bombardeados foi realizada. O bombardeamento de calos de orquídea como tecido controle com os tratamentos A2D1 e A2D2 resultou em células com expressão do gene repórter e esses tratamentos foram então aplicados em eucalipto. A análise histológica dos explantes de eucalipto demonstrou baixa frequência de partículas no tecido, com penetração apenas nas células mais superficiais dos explantes. Além disso, as partículas encontravam-se em grandes aglomerados, o que pode ter interferido na eficiência da expressão do gene introduzido. A ausência de expressão do gene GUS e o estudo histológico em tecidos de eucalipto levaram a modificações na metodologia como a retirada do anteparo, o aumento da concentração de DNA plasmidial, o aumento da pressão de disparo e a utilização de calos como explantes-alvo para a introdução do DNA. Esses testes estão em andamento para que seja estabelecido um protocolo mais eficiente de transformação.

Palavras-chave


Eucalipto, transgenia, biobalística