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Trilhas perceptivas como alternativa de inclusão de deficientes visuais na natureza
Lucas da Luz Lopes, Gabriela Dipicoli Brasil, Mariana da Rosa Lazzarotto, Silvia Vieira München, Cibele Schwanke

Última alteração: 21-09-2017

Resumo


Deficientes visuais são julgados por grande parte da sociedade como pessoas incapazes de realizar qualquer ação, até mesmo as atividades básicas do cotidiano. Vista do ponto humanístico, a inclusão de pessoas deficientes em todas as esferas sociais é de suma importância para o convívio e bem estar de qualquer ser humano que esteja inserido dentro de uma comunidade. De forma a contribuir para promover a inserção de pessoas com deficiência em áreas naturais, o projeto “Educação ambiental inclusiva - trilhas perceptivas para deficientes visuais” foi desenvolvido pelos bolsistas do programa PET-Conexões Gestão Ambiental (MEC/SESu, SECADi) na Unidade de Conservação  Parque Natural Morro do Osso, localizada na zona sul de Porto Alegre. O processo de realização da trilha teve seu início com a definição de quais pontos os visitantes teriam acesso com segurança e, a partir disso, identificou-se características do ambiente relevantes, as quais seriam definidas como pontos sensoriais. O critério de escolha dos pontos ocorreu de forma conjunta com os guardas parques, priorizando a segurança e o bem estar dos visitantes. Apenas a vegetação próxima da trilha já existente no parque foi selecionada, permitindo que o visitante possa tocar, sentir suas características e, quando possível, o aroma das plantas. Para a demarcação de cada ponto, bases de acácia foram usadas, com cordas utilizadas como linhas sensoriais unindo os pontos, pensando na autonomia do deficiente visual. Para identificação das características de cada local, foram confeccionadas placas em braile, fixadas em frente ao ponto, indicando ao visitante o nome da vegetação. Além disso, foi elaborada uma cartilha que apresenta as características principais do parque e de cada ponto da trilha. A trilha perceptiva foi implementada com o objetivo de proporcionar aos deficientes visuais uma independência, estimulando suas percepções em meio à natureza, dando-lhes a liberdade de percorrer todo o caminho de forma autônoma, elevando sua autoestima e contribuindo, dessa forma, para superar qualquer tipo de injustiça social enfrentada pelos deficientes visuais.

Palavras-chave


Deficientes visuais; Trilha Sensorial; Parque Natural.