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Avaliação das condições de viabilidade para desenvolvimento da micropropagação da cultura do mirtilo no IFRS Campus Ibirubá
Gabriela Cecília Gheno, Bruna Dalcin Pimenta, Karen Nayara Durigon, Thaís Aline Dierings

Última alteração: 26-09-2023

Resumo


O mirtilo caracteriza-se como uma fruta oriunda de países de clima temperado, onde o número de horas com temperaturas ≤7,2°C exigidas para o desenvolvimento deste são naturalmente atingidas. No Brasil, a introdução de cultivares de menor exigência em horas frio, viabilizou o cultivo do fruto especialmente na região sul. Contudo, a expansão deste cultivo no país vem sendo limitada pela dificuldade de propagação dos cultivares adaptados. Comercialmente, a estaquia herbácea ou semilenhosa vem sendo utilizada como técnica de propagação da cultura do mirtilo. Entretanto, a dificuldade de enraizamento de algumas cultivares têm limitado a aplicação deste método. Assim, a micropropagação surge como alternativa para a produção de mudas com elevada qualidade e livre da presença de agentes patogênicos. Esta baseia-se na capacidade de rejuvenescimento das células vegetais, em que tecidos já diferenciados retornam ao seu estado juvenil, o que retoma a capacidade de enraizamento e o vigor de crescimento. Tal tecnologia tem sido utilizada para a produção de mudas de mirtilo no Uruguai, maximizando a oferta das mesmas. Embora eficiente, a micropropagação apresenta como desvantagem o elevado custo referente a aquisição de equipamentos e insumos exigidos para a cultura de tecidos in vitro. Por essa razão, a produção de mudas de mirtilo micropropagadas no Brasil, restringe-se quase que exclusivamente às instituições de pesquisa, como a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Nesse sentido, o propósito deste trabalho foi avaliar as condições de viabilidade do Laboratório de Fitossanidade e Biologia do IFRS Campus Ibirubá para a propagação in vitro da cultura do mirtilo. Para levantamento geral dos itens necessários à micropropagação, houve uma visita ao Laboratório de Biotecnologia Vegetal da Universidade de Passo Fundo (UPF) onde são conduzidos estudos referente ao cultivo in vitro da batata. Ademais, também foram consultados os protocolos para a caracterização dos materiais necessários desenvolvidos pelo Laboratório de Micropropagação de Plantas Frutíferas da UFPel. Ao compilar as informações foi possível identificar que, à exceção da sala de crescimento e local para aclimatização, o IFRS Campus Ibirubá dispõe dos equipamentos necessários, como capela de fluxo laminar, autoclave e vidrarias. A sala de crescimento e o local de aclimatização podem ser adaptados nas instalações existentes no campus. O meio de cultura WPM, reguladores de crescimento e fitohormônios necessitam ser adquiridos. Nesse sentido, avalia-se que o IFRS Campus Ibirubá dispõe dos principais equipamentos exigidos e que, a consolidação da micropropagação tem potencial para contribuir com ações de ensino, pesquisa e extensão.

Palavras-chave


Cultura de tecidos. Totipotência. Laboratório.