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Efeito da desuniformidade de emergência na produtividade da cultura do milho
Lucas Henrique Henrichsen, Cássio Kersting da Silva, Joao Paulo Hubner, Antonio Augusto Pinto Rossatto, Juliano Dalcin Martins

Última alteração: 17-09-2019

Resumo


O milho é uma cultura responsiva ao manejo empregado, dentre eles, ganhando-se destaque a população de plantas, na qual, há dois fatores principais que podem-lhe influenciar: a variabilidade espacial e temporal. A primeira refere-se à distribuição equidistante ao longo da linha de semeadura, já a segunda diz respeito ao tempo com que a semente leva para emergir, visando uma emergência homogênea. Com isso, a formação de um estande de plantas uniforme, se torna um fator imprescindível para atingir-se elevadas produtividades, evitando o surgimento de plantas dominadas, que possuirão menor área foliar, menor estatura e menor capacidade de competir por luz, água e nutrientes. O objetivo do trabalho foi verificar a influência da desuniformidade de emergência de plantas de milho na produtividade da cultura. O experimento foi realizado na área experimental do IFRS – Campus Ibirubá, com oito tratamentos, divididos conforme o grau de desuniformidade, em função do percentual (100, 80, 60, 40 e 25%) de plantas com emergência normal e com emergência de 4 e 8 dias de atraso, em três repetições. Cada unidade experimental constituída de 15,75 m² com dimensões de 5 m de comprimento por 3,15 m de largura e espaçamento entre linhas de 0,45 m. A semeadura foi realizada no dia 22 de setembro de 2018, sendo utilizado o híbrido AS 1677 PRO3 com população final de 76.000 plantas.ha-1. Foram efetuados tratos culturais necessários para o bom desenvolvimento da cultura, dentre eles, tratamentos fitossanitários e adubações de cobertura. Para a avaliação da produtividade foi realizado a colheita das espigas de três metros lineares nas três linhas centrais de cada parcela, no dia 28 de fevereiro de 2019. Depois de colhidas, as espigas foram trilhadas e os dados corrigidos para umidade 13%, extrapolando para kg.ha-1. Os dados foram submetidos à análise estatística pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro, utilizando o software Sisvar. Os resultados demonstram que não houve diferença entre os tratamentos avaliados nas condições levantadas. Apesar da diferença entre o tratamento plantas em emergência 100% normal e o tratamento com 40% de plantas normais e 60% com 8 dias de atraso de 1487 kg.ha-1, isso não foi o suficiente para apresentar diferença estatística. Portanto, para as condições avaliadas o atraso na emergência de 4 a 8 dias, independente do percentual na formação do estande final de plantas, não interferiu na produtividade da cultura do milho.

Palavras-chave


Variabilidade espacial; Emergência homogênea; Plantas dominadas

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