As plantas invasoras se não forem corretamente manejadas causam diversos prejuízos as plantas cultivadas. Elas servem de hospedeiros para patógenos, competem por nutrientes, espaço e luz retardando o desenvolvimento de culturas de interesse econômico. Neste contexto surge como alternativa a utilização de plantas de cobertura, que através de seus efeitos supressores, rusticidade e alta taxa de desenvolvimento exercem alta competição e consequentemente controle sobre as plantas invasoras. Além disso servem como alternativa para a rotação de culturas, produção de fitomassa e melhoram a fertilidade física, química e biológica do solo e pode-se também reduzir a necessidade de aplicação de herbicidas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de plantas de cobertura do solo de inverno e manejo de pré-semeadura sobre a incidência de plantas invasoras. O experimento foi conduzido na área experimental do IFRS – Campus Ibirubá. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. Na parcela principal o manejo pré-semeadura das plantas: trituração, gradagem e aplicação de herbicida. Nas subparcelas as plantas de cobertura: aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum), ervilhaca (Vicia sativa), nabo forrageiro (Raphanus sativus), os consórcios de aveia preta com ervilhaca e com nabo forrageiro, e o pousio (testemunha). Foi coletada uma amostra de 1 m² de massa verde em todas as subparcelas em pleno florescimento das plantas de cobertura, posteriormente as separando manualmente das plantas invasoras e após secas até peso constante a 55ºC para estimar a massa seca das mesmas. Também foram realizadas avaliações mensais de cobertura do solo, levantamento de plantas invasoras e geração de mapa de infestação. Os manejos pré-semeadura que obtiveram menor média de incidência de plantas invasoras foram as parcelas de gradagem e herbicida não diferiram estatisticamente com respectivamente 36,11 e 38,26%, diferindo estatisticamente da trituração que apresentou uma maior incidência, sendo de 52,96% de plantas invasoras. Já entre as plantas de cobertura, as subparcelas com o consórcio de aveia e nabo apresentaram a menor incidência (9,11%), ou seja, em comparação ao pousio (100%) uma redução aproximada de 90% de plantas invasoras. Enquanto que o azevém obteve a maior incidência, sendo de 71,02%. As principais plantas invasoras incidentes na área foram língua de vaca (Plantago sp.), picão preto (Bidens pilosa), losna (Artemisia verlotorum). As plantas de cobertura demonstraram eficiência no controle de plantas invasoras, reforçando o papel do controle cultural no manejo integrado de plantas daninhas.