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Trilha da divisão: O lúdico como dinamizador da aprendizagem de um aluno surdo
Luana Henrichsen, Carla Luiza Rannov, Francinei Rocha Costa

Última alteração: 12-10-2016

Resumo


A proposta deste trabalho é apresentar um relato de experiência realizado junto ao Núcleo de Apoio as Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – Napne, em parceria com duas acadêmicas do Curso de Licenciatura em Matemática, sendo que uma destas é bolsista voluntária do Napne, visando desenvolver a aprendizagem matemática de um aluno surdo do 1º ano do Curso Técnico em Agropecuária. A necessidade de desenvolver uma atividade diferenciada voltada à educação de surdos, surgiu através da observação das dificuldades encontradas no ensino/aprendizagem de conteúdos específicos da matemática, dentre elas uma metodologia apropriada para cada conteúdo. A divisão é um deles, como a compreensão do aluno surdo em relação a este conteúdo não era satisfatória, portanto, acreditou-se ser importante desenvolver um material adaptado, como suporte na aprendizagem, além disso, este trabalho tem como referência o dever e a responsabilidade social que todos profissionais de educação precisam exercer na educação inclusiva. Os objetivos eram concretizar a aprendizagem do aluno surdo em relação ao conteúdo de divisão e estimular o empenho e autonomia do educando na realização das atividades. Partindo desse pressuposto foi escolhido o método de jogo, para isso foi construída uma trilha, a qual contém divisões em suas “casas”, a fim de estimular e exercitar o desenvolvimento dos cálculos através da metodologia visual e material concreto. O jogo foi orientado em Língua de Sinais para uma melhor compreensão e respeito à condição linguística do aluno. Era perceptível que o aluno não estava interessado em jogar, mas à medida que as acadêmicas avançavam seus peões na trilha o aluno sentiu-se desafiado e despertou a vontade de ganhar. A atividade da trilha contribuiu para o aprendizado do aluno devido a dinâmica entre os jogadores, o que proporcionou entusiasmo e dedicação por parte do aluno. Em conversa posterior à aplicação, foi possível concluir que a atividade ajudou significativamente o aluno, pois o mesmo passou a desenvolver com mais facilidade os cálculos. As Metodologias visuais são importantes no ensino da matemática para alunos surdos, pois isso demonstra respeito a sua condição e valoriza sua forma de aprendizagem. Um dos grandes desafios na educação Matemática para alunos surdos é a falta de recursos e conteúdos adaptados, isso reflete negativamente no processo de ensino aprendizagem escolar dos alunos e em decorrência na sua vida social. Buscar a elaboração de materiais específicos e de qualidade auxilia na aprendizagem, na interação entre aluno e educador e na prática de inclusão.

 


Palavras-chave


Educação Inclusiva. Adaptação de material pedagógico. Metodologias Visuais. LIBRAS.

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