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Reconhecimento da variação linguística em escolas públicas
Vanessa Lemos Prestes Maldaner, Paula Gaida Winch.

Última alteração: 18-10-2016

Resumo


A presente pesquisa tem por objetivo identificar como a variação linguística vem sendo reconhecida no espaço escolar, em especial, por professores de língua portuguesa atuantes no 9º ano do ensino fundamental e seus respectivos alunos, em cinco escolas estaduais de ensino fundamental situadas no município de Ibirubá/RS. Para isso, utilizar-se-á, como metodologia, a pesquisa de campo, com coleta de dados realizada através da aplicação de questionários específicos – um para os professores e outro para os alunos -, compostos por perguntas abertas e fechadas. Ao total, teremos um contingente de participantes composto por 05 professores de Língua Portuguesa e aproximadamente 116 alunos. A escolha das escolas se deu pelo fato de serem escolas mais centrais, que recebem alunos de diferentes localidades da região, incluindo alunos do interior, existindo, assim, maior possibilidade de encontrar heterogeneidade linguística entre os alunos. Optamos por esse nível de escolaridade, por se tratar da fase preparatória para o ingresso no Ensino Médio, que pressupõe um aluno que já tenha conhecimento da existência de diferentes formas de falar e que saiba respeitá-las. Este estudo é importante para analisar se a diversidade linguística está sendo trabalhada em sala de aula, se não há preconceito linguístico entre os alunos. É de suma relevância trabalhar a língua padrão em sala de aula - a norma culta -, já que é essa a aceita em nossa sociedade. Porém, é necessário não deixar de citar as variedades da nossa língua. Os alunos devem saber que não existe uma forma certa ou errada, mas sim, uma forma adequada ou inadequada dependendo do contexto em que acontece a comunicação. A pesquisa se encontra na aplicação dos questionários nas escolas, posteriormente serão analisadas as respostas para os devidos resultados. Até o momento, percebi que em uma das escolas mais centrais os alunos demostraram mais interesse em responder as questões e mais responsabilidade, tanto que todos trouxeram os termos de consentimento assinados por seus responsáveis. Por outro lado, em uma escola mais da periferia nem todos os pais aceitaram assinar o termo de consentimento, talvez por falta de conhecimento. Essas impressões poderão ou não se confirmar após análise dos dados.

 


Palavras-chave


Heterogeneidade linguística. Ensino. Reconhecimento

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