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Logística reversa - diminuindo os impactos ambientais
Cristina Colling Fockink, Guilherme Barcellos de Moura, Odivan Zanella, Wagner Luiz Priamo, Carina Faccio

Última alteração: 06-10-2023

Resumo


Devido à preocupação com as questões ambientais surgiu a logística reversa, trazendo novos princípios, regulamentações, ação de órgãos de fiscalização e, sobretudo, a inquietação em relação às perdas econômicas nas empresas. É um conceito fundamental no contexto atual, visto que a preocupação com a preservação ambiental é o foco mundial. Ela se refere ao processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de materiais, produtos e informações, desde o ponto de consumo até a origem, com o objetivo de reduzir impactos negativos ao meio ambiente. A maioria dos medicamentos é descartada de maneira incorreta, resultando na contaminação do solo, da água e, consequentemente, do meio ambiente como um todo, levando a consequências perigosas, justamente por isso, provocado intensos debates e reflexões. Este trabalho tem como objetivo realizar o estudo de temas referentes à logística reversa e responsabilidades sobre a captação e o descarte e tratamento de medicamentos vencidos ou em desuso; e estudar uma configuração acessível ao público de um coletor informatizado para o descarte de medicamentos. Para revisão da literatura foram utilizadas as bases de dados da Pubmed, Scielo Brasil, Scielo, Periódico CAPES, Google Acadêmico e Portais Oficiais do Governo Federal para acessar as legislações vigentes. Em 2010 foi promulgada a Lei nº 12.305, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Brasil, que destaca a responsabilidade da logística reversa e evidencia os produtos obrigatórios, que foram: lâmpadas (fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista), pilhas e baterias, agrotóxicos (resíduos e embalagens), óleos lubrificantes (resíduos e embalagens) e produtos eletrônicos e seus componentes. Após anos de debates, em 2020 foi promulgado o Decreto Federal nº 10.388, que estabelece o regulamento para a logística de reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e suas embalagens após o descarte pelos consumidores. A logística reversa envolve a colaboração de diversos indivíduos, incluindo fabricantes, distribuidores, farmácias, profissionais de saúde e consumidores. Os resultados iniciais apontam que o tema em questão é de extrema importância e a logística reversa aplicada aos medicamentos é uma abordagem estratégica para mitigar os impactos ambientais negativos causados pelo descarte inadequado de produtos farmacêuticos. Ela não apenas promove a preservação do meio ambiente, mas também contribui para a saúde pública e a gestão eficiente dos recursos. Contudo, a pesquisa apresentou limitações devido à pouca diversidade de publicações sobre o assunto, pois a legislação que norteia a logística reversa de medicamentos é recente.

Palavras-chave


Meio ambiente; Resíduos; Medicamentos.

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