Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Erechim.

Dall'Agnol, Vitória¹

Didoné, Júlia¹

Fabisiak, Evelyn¹

Oldra, Michele¹

Santos, Andressa¹

Corteze, Miguelângelo*

A base das diferenças étnico raciais observadas em nosso grupo, que também se fazem presentes em todo território brasileiro, serviu de eixo central para realizar um projeto de pesquisa, do componente curricular chamado Projeto Integrador do primeiro ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio. A pergunta principal, ou seja, o problema que movimentou o grupo está voltado para pesquisar e compreender sobre a importância dessas etnias na formação da sociedade brasileira, bem como a desigualdade destinada ao estudo delas na educação básica, em especial nos anos finais do ensino fundamental. A linha condutora está em descobrir como estão sendo estudadas as culturas negra e indígena ou, se esse estudo está sendo excluído, esquecido ou ficando em segundo plano. Será que a história dos povos originários e afrodescentes está sendo pouco trabalhada nas séries finais do ensino fundamental, mesmo diante de uma lei? Não é novidade que na sociedade brasileira encontramos uma grande diversidade de culturas e etnias, mesmo assim, não é incomum perceber que nosso país continua com muito preconceito com grande parte  dos descendentes de afros e indígenas. Por outro lado, nossa pesquisa está encontrando diversas pessoas que não concordam com isso e resistem, assim como Airton Krenak e outros pesquisadores. Nos planos escolares e nos currículos são encontrados muitos conteúdos sobre a história europeia, o que acaba encobrindo a afro e indígena, ou seja dos colonizados. Por isso nosso grupo está elaborando um questionário a fim de conhecer, aprender e questionar a respeito da predominância da história e da cultura branca que é mais valorizada nas escolas, mesmo diante da lei 11.645 (BRASIL, 2008), que dita o ensino obrigatório no currículo escolar da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”. Nossos objetivos estão em identificar essa contradição decorrente da forma desigual como são trabalhadas as culturas indígenas e negras, mesmo formando a maioria do povo brasileiro, diante da branca eurocentrista. A análise do questionário está revelando alguns resultados que confirmam a hipótese inicial: mesmo com a lei as histórias afro-brasileiras e indígenas são pouco estudadas nas séries finais do ensino fundamental. A pesquisa ainda está em andamento, portanto, não apresenta ainda resultados definitivos.

¹ - Ensino Médio Integrado, do Campus Erechim do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected].

* Orientador, [email protected]