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O Fashion Revolution é uma campanha global que tem como bandeira a transparência, ética e sustentabilidade na Indústria da Moda. O projeto nasceu após o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, em 24 de abril de 2013, que teve como consequência 1.133 pessoas, que costuravam para grandes marcas, mortas e 2.500 feridas. Desde de 2017 os cursos das áreas de Moda e Vestuário do IFRS- Campus Erechim participam deste movimento que se intensifica durante uma semana em abril, identificada como Movimento Fashion Revolution Week, o qual desenvolve ações mobilizando o consumo consciente das roupas e incentivando os consumidores a questionarem: “Quem fez minhas roupas?” Sendo assim, o objetivo deste trabalho é mobilizar a região do Alto Uruguai Gaúcho a reflexão do consumo consciente e valorização da produção regional, uma vez que a moda pode ser feita de maneira segura, limpa e bonita, sendo que a criatividade, a qualidade, o ambiente e as pessoas são considerados igualmente importantes. Neste ano, o projeto realizou durante a Fashion Revolution Week, de 24 a 30 de abril, exposições, bazar de trocas, cinema e reformas de peças do vestuário. A exposição itinerante iniciou com a fabricação de uma bandeira feita de retalhos de tecidos, símbolo do movimento, que busca unir os discentes a pensar nele e na possibilidade de minimizar e de reutilizar o lixo têxtil. A bandeira foi exposta pelo Campus juntamente com cartazes e frases do Movimento. Realizou-se o bazar de trocas convidando todos os acadêmicos a trocar peças do vestuário, freando assim o consumismo e fazendo seus participantes repensarem suas formas de consumo. A exposição do documentário The True Cost, questiona valores reais da indústria da moda, o impacto do consumo exagerado e mostra a realidade de trabalho escravo, o qual as pessoas são submetidas na indústria da Moda. O projeto teve ainda uma parceria com a Secretaria da Cidadania, a qual recebe doações para repassar às famílias carentes. Muitas doações são roupas que precisam de consertos, assim, voluntários uniram-se ao projeto consertando com retalhos de descartes das empresas de confecções de Erechim. Também, confeccionaram forros para colchões disponíveis na secretaria. Logo, é possível afirmar que este projeto mobilizou a comunidade acadêmica a refletir sobre o consumo consciente, fazendo os participantes questionarem seus hábitos de consumo e as etapas de confecção dos produtos de vestuário, conseguindo assim, provocar para que os cidadãos tornem-se mais responsáveis com a sociedade e comprometidos com o meio ambiente.

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