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Caracterização do óleo de noz-pecã obtido por extração assistida por ultrassom
Última alteração: 16-01-2019
Resumo
A noz-pecã (Carya illinoensis K.), originária da América do Norte, pode conter cerca de 60-70% de óleo em sua composição e nesta fração, a presença de importantes componentes para a alimentação humana. Na tradicional população Mediterrânea, as taxas de mortalidade por doenças cardíacas coronárias e câncer são consideravelmente baixas. Estudos epidemiológicos sugerem a existência de uma ligação entre o consumo frequente de nozes e a redução da incidência de doenças cardíacas coronárias. Essas propriedades podem ser atribuídas ao perfil de ácidos graxos da fração lipídica, em particular ácidos graxos mono e polinsaturados. As nozes são fontes ricas de proteínas, ácidos graxos insaturados, fibras, fitoesteróis e micronutrientes, como os tocoferóis. A extração-assistida por ultrassom permite obter altas taxas de transferência de massa devido à cavitação originada pelas ondas ultrassônicas e consequentemente o aumento dos rendimentos de extração da matriz a ser estudada. Entretanto, é sabido que a abordagem experimental (técnica e parâmetros) utilizada na etapa de extração, além de impactar no rendimento, também pode influenciar diretamente na composição dos extratos (quanti e qualitativamente). Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição, em termos de ácidos graxos, dos extratos oleosos de noz-pecã, obtidos por extração-assistida por ultrassom. Os extratos foram obtidos em banho ultrassônico com frequência de 40kHz, potência de saída de 250W, utilizando etanol como solvente na temperatura de 60C. As amostras foram retiradas nos intervalos de 1, 3 e 6 horas e analisadas através de cromatografia gasosa. Os componentes presentes nos extratos foram identificados por comparação entre os tempos de retenção (mistura padrão de ácidos graxos) e quantificados por normalização de área. Os resultados indicaram a presença de ácido palmítico (variando de 8,70% a 12,04%), ácido linoleico (84,54% a 89,25%), ácido linolênico (1,59% a 5,82%) e ácido araquidônico (0,18% a 1,67%) nas amostras obtidas nos diferentes tempos extrativos. Com base nos resultados encontrados foi possível verificar a presença de ácidos graxos fundamentais para o desenvolvimento das funções metabólicas humanas, bem como, identificar o tempo específico que permitiu a máxima obtenção de um composto alvo utilizando a referida técnica de extração.
Palavras-chave
noz-pecã, cromatografia gasosa, ácido graxo, ultrassom
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